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Líderes eclesiásticos falam sobre o trabalho médico e social de instituição filantrópica

18 de Agosto de 2025 às 10:30

Durante a sessão solene extraordinária em homenagem aos profissionais com atuação na Vila São Cottolengo, eclesiásticos subiram à tribuna para expressar sua gratidão pelo reconhecimento do trabalho que vem sendo prestado na instituição. A homenagem, proposta pelo deputado Antônio Gomide (PT), está em curso no Plenário Iris Rezende da Casa de Leis, na manhã desta segunda-feira, 18.

Irmã Umbelina, que faz parte da congregação religiosa Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, que atua dentro da Vila São Cottolengo,  falou do legado de amor e caridade que se fortalece diariamente por meio dos serviços prestados por ela e as demais irmãs ao longo dos últimos 68 anos. Ela disse que, ao receber o reconhecimento do seu trabalho, estende também a homenagem a todas as outras. Disse que, sensibilizada, acolhe e agradece o reconhecimento. 

“A vila é um espaço privilegiado para a realização do nosso propósito, com carisma que acolhe, abraça e aconchega. A bondade e o cuidado de Deus passa pelo nosso coração e pelas nossas mãos. O olhar contemplativo vai além das deficiências e enxerga somente a pessoa que se faz necessitada dos nossos cuidados, pois somos servos evangelizadores dos povos. Nosso trabalho se expressa pelos gestos e pelo amor que se expressa efetivamente, enxergando o ser humano em todas as suas dimensões”, ressaltou Umbelina.  

Ela explicou que todo o trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar que disponibiliza seus saberes para cuidar dos internos de forma abrangente e integrada com a equipe da pastoral hospitalar. "Temos diversas equipes que se apoiam para que o cuidado seja feito com muito amor", afirmou.

Segundo Umbelina, é um trabalho que cuida tanto do físico quanto do lado espiritual do ser humano. “É muito simples e muito bonito o nosso trabalho. Aprendemos a ser Filhas da Caridade. Tinha 11 anos de idade quando conheci a Vila São Cottolengo e conheci as irmãs. Fiquei morando lá e a minha convocação surgiu inspirada no trabalho delas. Esse meu ano jubilar é de reconhecimento e ação de graças. Completei 60 anos lá e nisso vejo a graça de Deus.”

Concretização do Evangelho

O diretor presidente da Vila São Cottolengo, irmão Michael Goulart, também fez uso da fala. Ele ressaltou a importância histórica da instituição e agradeceu o apoio da sociedade goiana e do poder público. Segundo ele, a vila, fundada em 1951, em Trindade, “é a concretização do Evangelho em atos de caridade, que se traduzem diariamente no cuidado e na dignidade oferecida aos pacientes”.

Padre Michael informou que a instituição conta hoje com mais de 300 internos, atendendo também pacientes de mais de 120 municípios goianos, por meio de serviços de saúde especializados. "Nosso trabalho ultrapassa os limites de Trindade e se estende por todo o estado. É um serviço que envolve amor, dedicação, mas também grandes custos financeiros.”

O líder lembrou que, em fevereiro de 2026, a vila vai celebrar 75 anos de fundação, marco que será acompanhado da entrega de um novo centro especializado em reabilitação física e intelectual, ampliando a capacidade de atendimento da instituição. “Essa obra é um presente para Goiás e para o Brasil, e só é possível graças ao esforço de colaboradores, voluntários, doadores e parceiros que acreditam nessa missão”, acrescentou.

Michael Goulart agradeceu ao deputado Antônio Gomide, propositor da sessão, e estendeu a homenagem a todos os profissionais, religiosos, voluntários e doadores que ajudam a manter viva a missão da Vila São Cottolengo. “Hoje somos quase mil pessoas envolvidas diretamente ou indiretamente nesse trabalho. Esta homenagem é o reconhecimento de que a caridade continua sendo a maior força transformadora da nossa sociedade.”

75 anos

O padre Carlos Gomes, representando Dom Justino, arcebispo metropolitano de Goiânia, expressou sua gratidão à Assembleia Legislativa de Goiás na pessoa do deputado Antônio Gomide. Ele lembrou que esta semana é celebrada a Semana Nacional das Pessoas com Deficiência e também tem início a celebração dos 75 anos da Vila São Cottolengo. 

Ele destacou que ao ver a Alego e a sociedade reconhecerem essa obra o seu coração se alegra. “Estes são valores que unem o Estado, a Igreja e a sociedade. Dessa forma, reconhecemos essa homenagem como incentivo para que esse trabalho continue”, ressaltou.

Por fim, Saymon Eike Ferraz Cardoso discursou em nome dos homenageados. Ele destacou a dedicação dos colaboradores e ressaltou que o trabalho da vila vai muito além do cuidado físico: “O que fazemos não é apenas oferecer cama, comida ou atividade terapêutica. Estamos proporcionando aos nossos pacientes a possibilidade de viver uma grande experiência de existência, mesmo diante de uma vida muitas vezes imprevisível ou difícil”.

O homenageado enfatizou que atuar na Vila São Cottolengo exige mais do que experiência profissional ou currículo: “Para trabalhar lá, é preciso saber atuar com amor e afeto. Cada sorriso de um paciente representa a recompensa de todo nosso esforço diário”.

Cardoso também comentou sobre a dimensão espiritual do trabalho da instituição. “Mesmo falando de identidade profissional, sentimos diariamente o poder de Deus em cada gesto. O milagre diário acontece através da dedicação das irmãs, dos padres, dos colaboradores e dos doadores que ajudam a vila a continuar viva”, concluiu.

Agência Assembleia de Notícias
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