Durante o Pequeno Expediente, da sessão ordinária desta quarta-feira, 3, no Plenário Iris Rezende Machado do Palácio Maguito Vilela, o deputado Clécio Alves (Republicanos) utilizou a tribuna para fazer críticas à condução da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e à administração da Prefeitura da capital.

O parlamentar chamou a atenção para o reajuste concedido aos diretores da companhia, ao mesmo tempo em que, segundo ele, os garis enfrentam dificuldades estruturais para exercer suas funções. “É preciso refletir sobre a justiça dessa decisão. Enquanto se aumentam os salários dos dirigentes, os garis continuam sem vassouras adequadas e sem materiais básicos de trabalho”, pontuou.

Clécio Alves destacou ainda que a sobrecarga imposta aos servidores tem comprometido a rotina da limpeza urbana. “Onde antes três trabalhadores atuavam, hoje apenas um é escalado para realizar o mesmo serviço. Isso não é justo com homens e mulheres que trabalham de sol a sol para manter Goiânia limpa”, declarou.

Outro ponto levantado pelo deputado foi a situação do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). Ele criticou o atraso nos repasses para o atendimento dos beneficiários e cobrou maior responsabilidade da prefeitura com a saúde dos trabalhadores. “Os servidores estão sendo prejudicados pela falta de pagamento aos prestadores de serviço, o que compromete o atendimento médico e social”, afirmou.

Na tribuna, Clécio Alves também mencionou contratos firmados pela administração municipal e questionou os valores envolvidos. Para ele, é necessária maior transparência na gestão dos recursos públicos. “Enquanto faltam condições dignas para os garis, não pode haver espaço para contratações que levantem dúvidas sobre a lisura dos processos”, disse.

Ao concluir, o deputado defendeu que a Câmara Municipal de Goiânia assuma papel de fiscalização ativa diante do cenário relatado. “É fundamental que o Legislativo da capital reaja e zele pela boa aplicação do dinheiro público e, principalmente, pela valorização dos trabalhadores da Comurg e de todos os servidores municipais”, finalizou.