Virmondes Cruvinel propõe criação de política de incentivo à cultura maker nas escolas
O deputado Virmondes Cruvinel (UB) protocolou, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), o projeto de lei nº 21024/25, que institui a Política Estadual de Incentivo à Implantação da Cultura Maker nas Escolas do Estado. Na matéria, Virmondes explica que o objetivo é fomentar a criatividade, a inovação, a colaboração e a resolução de problemas entre os estudantes das redes pública estadual, particular e, de forma incentivada, nas redes municipais de ensino.
De acordo com o texto da propositura, cultura maker é o conjunto de práticas educacionais que promovem o aprendizado por meio de experimentação prática, resolução de problemas reais e desenvolvimento de habilidades técnicas e criativas, utilizando espaços físicos ou virtuais com recursos adequados para a prototipagem e a execução de projetos multidisciplinares.
A proposta define ainda que a política estadual deverá observar os seguintes princípios: promoção do aprendizado significativo por meio da prática; integração de conhecimentos multidisciplinares, com ênfase em ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM); desenvolvimento de competências socioemocionais, como criatividade, trabalho em equipe, resiliência e resolução de problemas; inclusão de todos os estudantes, independentemente de gênero, condição social ou limitações físicas ou cognitivas; incentivo à parceria entre escolas públicas e privadas para a criação de espaços maker compartilhados; estímulo à formação continuada de professores e gestores escolares na metodologia maker; e fomento à integração com o setor privado e organizações não governamentais para captação de recursos e fornecimento de tecnologias inovadoras.
O parlamentar acrescenta, ainda, que a política está fundamentada na necessidade de preparar os estudantes para os desafios da sociedade contemporânea, marcada pela complexidade, inovação tecnológica e pela demanda crescente por habilidades criativas e resolutivas. “A cultura maker, expressão do movimento 'Faça Você Mesmo' (do inglês Do It Yourself), não apenas potencializa o aprendizado prático como também contribui para a formação integral dos estudantes, ao estimular competências cognitivas, emocionais e sociais indispensáveis para o século XXI”, escreveu.
Cruvinel explica, também, que a criação de espaços maker é tecnicamente viável e financeiramente sustentável. “Por meio de parcerias com o setor privado, instituições de ensino superior e organizações da sociedade civil, será possível captar recursos para equipamentos e formação de professores”, justificou.
O projeto de lei está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa, onde aguarda relatório da deputada Rosângela Rezende (Agir).