Acervo histórico da antiga Colônia Santa Marta está em exposição no Parlamento

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) abriu, nesta terça-feira, 16, às 15 horas, a exposição Espaço de Memórias HDS Colônia Santa Marta. A mostra foi organizada pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), em parceria com a Assessoria Adjunta de Atividades Culturais da Casa de Leis, e estará aberta ao público no saguão do Palácio Maguito Vilela até o dia 1º de outubro.
O acervo apresenta a história do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS), fundado em 1943 para tratar pacientes com hanseníase. A exposição inclui documentos, fotografias e objetos que retratam a história da antiga colônia. O objetivo é preservar a memória coletiva, valorizar a dignidade humana e estimular a inclusão social.
Segundo a supervisora de comunicação do HDS, Anicléia Luzia da Silva, “após a cura da doença em 1986, o hospital mudou seu foco e passou a oferecer serviços mistos. Para tanto, a exposição itinerante, com mais de 200 itens, visa mostrar essa transformação de superação e resiliência da unidade, com foco nos 12 pacientes remanescentes da antiga colônia. O hospital se tornou referência em cuidados paliativos, atenção domiciliar e tratamento de feridas crônicas".
Lucas Paula da Silva, superintendente executivo da Agir, gestora do HDS desde 2013, destacou a mudança de perfil do hospital. “Com 80 anos, a instituição passou por uma transformação, começando como colônia para hanseníase e evoluindo para reinserção social. A exposição serve como projeto de resgate histórico, com obras de arte de pacientes e objetos antigos, mostrando a evolução da unidade e sua responsabilidade social”, destacou.
Clédima Almeida, supervisora de experiência do paciente da Agir, enxerga a mostra na Casa de Leis como uma ação de grande importância para a valorização histórica do atendimento à hanseníase, doença de forte impacto nas políticas públicas na área da saúde em Goiás.
“O Espaço de Memórias HDS Colônia Santa Marta se confunde um pouco com a história da hanseníase. Ao ver as fotografias e obras da exposição, você consegue entender como foram as primeiras políticas públicas no Brasil e no mundo. Dar visibilidade para isso, na Casa do Povo, faz todo o sentido”, salientou.