Clécio Alves enfatiza a necessidade urgente de agir para a erradicação dos lixões em Goiás
Na manhã desta terça-feira, 23, o deputado Clécio Alves (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar pela Erradicação dos Lixões e 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, comanda os trabalhos da audiência pública que discute a gestão de resíduos e o encerramento dos lixões no Estado. O parlamentar ressaltou a importância do protagonismo do Legislativo goiano nessa pauta e destacou a singularidade da iniciativa. “Primeiro, é importante que todos saibam que esta é a única frente parlamentar para a erradicação dos lixões existente no Brasil. A única Assembleia Legislativa do País que abraçou essa bandeira e vem tomando providências concretas é a de Goiás. Eu tenho a honra de ser vice-presidente da Casa e presidente dessa frente”, afirmou.
Clécio Alves frisou a necessidade de vontade política e de ações efetivas para solucionar o problema que ainda afeta dezenas de municípios goianos. “O que precisamos é de ação e vontade política. Nessa audiência pública, temos autoridades que conhecem o tema e que podem mostrar exemplos concretos de outros Estados, como Alagoas e Pernambuco. Até pouco tempo, eles viviam a mesma situação de Goiás, com lixões a céu aberto por todos os cantos. Hoje, não existe mais. Goiás também precisa agir. O prazo já foi prorrogado várias vezes e nada aconteceu. Não queremos punir prefeitos ou prefeitas, mas sim encontrar soluções definitivas”, pontuou.
O parlamentar citou ainda o caso do município de Silvânia como exemplo de superação do problema em pouco tempo e com baixo custo. “O prefeito Carlos Mayer assumiu recentemente e encontrou a cidade tomada por um lixão assustador. Em pouco tempo, resolveu o problema, com gasto mínimo, destinando corretamente os resíduos ao aterro sanitário. Onde antes havia degradação, hoje há um equipamento público para a população. Isso mostra que não é só uma questão de dinheiro, mas de vontade política, iniciativa e ação”, ressaltou.
Para Clécio, muitas vezes a justificativa da falta de recursos não se sustenta diante das prioridades de gestão municipal. “Muitas vezes os prefeitos dizem que não têm recursos, mas se compararmos os gastos com festas e eventos durante o ano, vemos que erradicar lixões custa muito menos. Além disso, é uma questão de saúde pública. Cada lixão eliminado representa menos despesas com doenças e mais qualidade de vida para a população”, enfatizou.
O deputado destacou ainda a urgência de medidas concretas e lembrou que os prazos previstos pela legislação já se esgotaram. “Não existe mais prazo. Esse prazo acabou. Ele deveria ter terminado em 2010, depois foi prorrogado para 2014, depois para 2021. Houve até projeto pedindo mais um ano, a Assembleia derrubou o veto do governador, depois voltou atrás. Mas a verdade é uma só. O prazo acabou. O que falta agora é pôr a mão na massa. Governo do Estado de Goiás, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, câmaras municipais, todos nós, junto ao Ministério Público do Meio Ambiente, Secretaria Estadual e Secretarias Municipais do Meio Ambiente e até o Ministério do Meio Ambiente precisamos encarar esse problema e acabar de vez com os lixões”, defendeu.
O deputado destacou a situação do lixão de Goiânia como um caso crítico. “Um exemplo gritante é o lixão de Goiânia. É uma vergonha. Todos os órgãos ligados ao meio ambiente condenam aquela situação. Ali existe risco real de explosão a qualquer momento. E ainda temos um prefeito que insiste em contrariar todos os especialistas e órgãos competentes, como se apenas ele estivesse certo. É lixo acumulado, empilhado, a apenas 300 metros de um bairro inteiro. Nesta semana, o jornal O Popular mostrou que esse lixão já está contaminando o Rio Meia Ponte, que abastece Goiânia com água potável. Isso é gravíssimo”, alertou.
Clécio Alves reafirmou o compromisso da frente parlamentar com a erradicação definitiva dos lixões em Goiás. “Está tudo errado e providências precisam ser tomadas. E nós vamos agir, doa a quem doer. Essa é a nossa bandeira, e essa frente parlamentar vai até o fim”, afirmou.