Amauri Ribeiro defende direito de empresários e critica condutas políticas
No Pequeno Expediente da sessão deliberativa ordinária desta quarta-feira, 1º de outubro, o deputado Amauri Ribeiro (UB) usou a tribuna para comentar episódios recentes envolvendo manifestações em estabelecimentos comerciais e para reafirmar seu posicionamento sobre princípios e liberdade de expressão econômica. O parlamentar dirigiu-se aos colegas e ao público em geral, trazendo exemplos e fazendo ponderações sobre o papel de empresários e do agente público.
Ribeiro iniciou sua fala lembrando episódio em que cartazes anti-petismo foram afixados na porta de um comércio, com mensagens de caráter político, e pontuou que, segundo sua visão, o empresário tem o direito de escolher a forma de se posicionar no seu próprio estabelecimento. “É um direito. Na minha casa, petista não entra. Processe-me, deputado”, disse o parlamentar ao defender a autonomia do comerciante diante de iniciativas de denúncia.
O deputado também comparou situações percebidas como contraditórias, citando como exemplo manifestações culturais nas quais artistas teriam manifestado preferência política, questionando tratamento diferente recebido. Amauri apresentou, ainda, ao Plenário uma sugestão para substituição do cartaz utilizado na ocasião pelo referido empresário, que proibiu entrada de petista em seu estabelecimento, por outra mensagem, esta última proibindo entrada de ladrão.
Em sua explanação, Ribeiro aproveitou para criticar o que chamou de “hipocrisia” de alguns atores políticos e de setores da sociedade, afirmando que determinadas posturas pareceriam seletivas quando avaliadas sob o princípio da liberdade de expressão. Ao mesmo tempo, ressaltou o papel social e econômico de empreendedores que geram empregos, citando o crescimento e o sonho realizado pelo empresário local como exemplo de iniciativa privada e geração de trabalho. “Quando ele começou, sua intenção era vender mil reais por dia e, hoje, vende dez milhões de reais”, relatou o deputado ao narrar o depoimento do empresário.
Ele arrematou apontando a importância de princípios claros na vida pública e privada, destacando que sua posição é pautada por valores que, segundo ele, não admitem conivência com práticas ilícitas: “Quem defende bandido ou é advogado ou é bandido”.