Por iniciativa do deputado Talles Barreto (UB), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) promove, nesta quarta-feira, 8, às 9 horas, visita institucional às obras do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Lyceu de Goiânia. A comitiva de parlamentares vai acompanhar de perto as etapas de restauração do local.

A unidade de ensino é a mais antiga da capital goiana e uma das pioneiras na educação de nível secundário no Brasil. Segundo o líder do Governo na Casa, a intenção é reafirmar o compromisso do Parlamento com a educação pública de qualidade e com a preservação da memória educacional de Goiás.

O originalmente Lyceu de Goyaz foi o 17º a ser criado no país, em 1846, na cidade de Goiás. A sua mudança para Goiânia, em 1937, acompanhou a transferência de capital. O nome “Lyceu de Goiânia” foi oficializado apenas em maio de 1976, por uma lei aprovada na Alego. Por lá, passaram dezenas de personalidades que compõem a elite política e artística de Goiás. São nomes como Iris Rezende, Henrique Meirelles, Nion Albernaz e Pedro Wilson, além de escritores como Bariani Ortêncio e Bernardo Élis.

Atualmente, o Cepi Lyceu de Goiânia está em processo de reforma e revitalização completa desde outubro de 2023. Com um investimento de R$ 13,5 milhões, o Executivo Estadual quer deixar o espaço pronto para receber mais de 600 estudantes, do 8º e 9º anos do ensino fundamental até o ensino médio, a partir do ano letivo de 2026. A ideia é que a unidade de ensino se torne a primeira no sistema público estadual a ofertar o ensino bilíngue em francês. 

Importância histórica

O bloco de entrada do Cepi Lyceu de Goiânia, que fica na Rua 21, Setor Central, é um dos bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como parte do conjunto arquitetônico art déco de Goiânia.

O estilo do prédio alia o colonialismo à tendência de arquitetura que nasceu em movimento na França, destacando-se pela fachada retilínea, o clássico pórtico na entrada, os robustos pilares e os imponentes portões de ferro que conferem um ar grandioso ao conjunto. Por fazer parte do patrimônio nacional, as obras de restauração no local devem seguir diretrizes estabelecidas pelo Iphan.