Escola do Legislativo ofereceu o curso "IA na Alego - Aplicação Básica", com atividades ao longo do dia para qualificar servidores
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por meio da Escola do Legislativo, realiza, no decorrer desta quinta-feira, 9, o curso “IA na Alego - Aplicação Básica”. O objetivo é oferecer aos participantes uma compreensão do modo como a inteligência artificial (IA) pode ser empregada com eficácia no contexto dos processos legislativos e na elaboração de pareceres jurídicos no Poder Legislativo goiano. O curso é realizado no Auditório Francisco Gedda, no andar térreo, com turmas matutina e vespertina.
No período da tarde, o curso prosseguiu com as apresentações dos palestrantes João Victor da Veiga Rodarte Vale, advogado especialista em direito das startups, e do advogado Dionattan Coutrin Figueiredo.
Vale reiterou que a linha mestra para o aprimoramento no uso das ferramentas de IA consiste na capacidade do usuário em gerar os comandos corretos para o resultado esperado. “A chave para o sucesso com a IA é o usuário, pois a ferramenta reflete o conhecimento e a capacidade de raciocínio de quem a utiliza”, enfatizou o palestrante.
Ele recomenda o uso do ChatGPT por sua praticidade e bons resultados, embora tenha mencionado outras ferramentas como Gemini, Notebook LM, Comet, DeepSeek e Grok. No entanto, como todas funcionam de maneira muito parecida, é possível conseguir ter um resultado muito satisfatório concentrando-se em apenas uma.
O presidente do Conselho Gestor da Escola do Legislativo, Danúbio Cardoso Remy Romano Frauzino, disse que esta apresentação é apenas um curso introdutório sobre as técnicas de IA e suas aplicações do Poder Legislativo, para a celeridade do trabalho dos servidores.
“A ideia que nós temos hoje é avançar, fazer a introdução para os servidores da Assembleia sobre as técnicas que existem da IA e a forma que elas podem ser aplicadas, tanto na atividade legislativa como na política, no direito e nas artes. No futuro, a escola planeja oferecer uma pós-graduação em IA, para fazer a entrega de conhecimento mais aprofundado sobre a matéria”, destacou o conselheiro.
Atividades da manhã
Mais cedo, ao abrir a instrução, a secretária-geral da Escola do Legislativo, Jhennyffer Martins, ressaltou que o intuito é trazer para a Casa de Leis todo o conhecimento necessário sobre essa pauta, que deve prevalecer em todas as áreas, permitindo ao servidor fazer o uso de forma adequada dessa ferramenta.
Ela disse que o servidor inscrito vai ter acesso a um curso que prevê em sua programação uma primeira parte introdutória que vai abordar as questões mais teóricas e, depois de um intervalo, a segunda parte vai ser mais prática, permitindo ao servidor compreender inclusive visualmente como é o trabalho da IA. O mesmo conteúdo deve ser aplicado no período vespertino.
O primeiro palestrante da manhã, João Victor da Veiga Rodarte Vale, advogado especialista em direito das startups, destacou que existem infinitas formas para se utilizar a IA, mas em todas elas é preciso que o profissional seja ativo e dê o direcionamento adequado para usufruir da ferramenta com eficiência. Ele deu um exemplo prático dizendo que um engenheiro usa calculadora para agilizar um cálculo, mas sozinho esse equipamento não substitui o engenheiro.
Vale acredita que, doravante, haverá três problemas para equacionar: capacitar as pessoas físicas para lidar adequadamente com a IA em todas as áreas, implementar a tecnologia na rotina de trabalho e criar estratégias de gestão. Esse tripé deve ser construído nas mais diferentes empresas permitindo que elas possam usufruir das facilidades propostas por essa ferramenta.
Passado e futuro
Na sequência, o advogado Dionattan Coutrin Figueiredo introduziu a parte prática sobre o assunto, mostrando inclusive visualmente como funciona a IA. Ele explicou que a IA precisa ser demandada e bem direcionada, pois ela é como um funcionário obediente, mas que precisa receber orientação o tempo inteiro para que ela apresente soluções realistas.
Figueiredo observou que os profissionais das mais diversas áreas precisam se preparar para trabalhar com o IA, pois segundo ele, quem não aceitar essa realidade vai ser excluído do mercado de trabalho brevemente. Para ele, tudo isso faz parte de uma cadeia histórica natural que sempre traz inovações com remanejamento nas diversas funções de trabalho.
O advogado lembrou que a IA é antiga, mas se tornou de uso público mais recentemente, permitindo a ampliação da tecnologia que está sempre se atualizando e trazendo inovações constantes, obrigando os profissionais a estarem atentos às mudanças impostas.