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Cairo Salim destaca desafios em audiência pública sobre planos de saúde e judicialização

15 de Outubro de 2025 às 10:11

O deputado Cairo Salim (PSD) realiza um debate, na manhã desta quarta-feira, 15, na Sala das Comissões Júlio da Retífica, com o tema "Irregularidades nos planos de saúde, falhas na assistência e excessos na judicialização".

Salim iniciou a discussão apresentando a temática e os desafios observados. Segundo o parlamentar, o evento objetiva que a população e órgãos que representam os setores da sociedade possam manifestar-se sobre problemas, ações e questões que envolvem a saúde da população.

"Nós estamos aqui realizando uma audiência pública, falando das irregularidades dos planos de saúde, falando também do excesso de judicialização e falando também dos erros médicos que têm acontecido", afirmou. Ele mencionou que a população busca órgãos, como o Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Procon Goiás, mas encontra dificuldade em ter seu direito alcançado.

O deputado destacou que a relação entre consumidor e plano de saúde é privada, onde o consumidor paga uma mensalidade por um serviço. Ele informou que quase dois milhões de goianos usam planos de saúde e questionou o destino destes usuários em caso de serviço de baixa qualidade: "Para onde esse pessoal vai? Para o SUS, vai para a fila do SUS e vai piorar ainda mais para a população que já usa o sistema único de saúde".

O parlamentar abordou a situação da classe média que, segundo ele, não tem acesso a benefícios e precisa pagar por saúde privada se quiser ter acesso a serviços. Ele ressaltou a importância da qualidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde, citando que o setor envolve conglomerados que controlam a saúde privada no Brasil, com operadoras ligadas a bancos.

Salim também mencionou a classe médica. Ele afirmou que a medicina brasileira é uma das melhores do mundo, mas que sofre com um declínio de qualidade devido ao número de faculdades de medicina que estão sendo abertas. "Nós já estamos com 500 mil médicos no Brasil, daqui 10 anos será um milhão, vai dobrar o número de médicos", pontuou. Ele questionou a formação dos profissionais: "Será que serão médicos vocacionados, bem preparados, que têm experiência, que passaram por um estado de dualidade dos hospitais?"

O legislador finalizou a fala afirmando que, se for preciso, o Congresso Nacional deve tomar providências para aprovar um exame de ordem ou de proeminência, para que os médicos tenham um mínimo de qualidade para atuar no mercado público ou privado. Por fim, ele  reconheceu a boa-fé da maioria dos médicos, hospitais, enfermeiros e planos de saúde, mas reiterou que as falhas acontecem.

Agência Assembleia de Notícias
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