Deputada Bia de Lima fala ao Programa Visão da Política sobre os desafios enfrentados pelos profissionais da educação
No dia dedicado aos professores no Brasil, o Programa Visão da Política da TV Assembleia Legislativa recebe a presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputada Bia de Lima (PT), que também é professora há mais de 30 anos. O programa vai ao ar nesta quarta-feira, 15, pela TV Alego, no canal 3.2 da TV aberta digital, no site oficial do Parlamento goiano e pelo canal da Assembleia Legislativa no YouTube.
Logo no início da entrevista, a apresentadora Monalisa Carneiro questiona a parlamentar se o fato de ser professora faz diferença na sua atuação no Parlamento. Bia respondeu afirmativamente, destacando que elementos como a formação intelectual, a elaboração do pensamento e a clareza das pautas a serem defendidas a ajuda no movimento sindical e também na Assembleia Legislativa. “É importante que se faça valer desse importante espaço para que as pautas da educação não estejam presentes apenas na época da eleição. Para que estejam presentes no dia a dia da política, para que se consiga, efetivamente, que os professores sejam reconhecidos", afirmou Lima.
Sobre os desafios enfrentados na defesa da educação na Casa, a legisladora afirma que eles são muitos e difíceis, especialmente, porque a grande maioria das pautas ligadas ao tema não depende só do parlamentar, mas são prerrogativas exclusivas do Poder Executivo.
Bia ressalta, porém, que, desde o primeiro dia do seu mandato, se valeu de uma estratégia que aprendeu como sindicalista para buscar avançar nos temas de interesse da categoria que ela representa e de outros que ela também defende: a articulação com os colegas parlamentares, independente de cor partidária. “Assim como no sindicalismo, também aqui no Parlamento ninguém faz nada sozinho, por isso é preciso negociar, conversar, buscar apoio”, destacou.
Uma dessas pautas defendidas pela deputada é a redução da carga horária dos professores de 32 para 28 horas-aulas semanais. Segundo ela, até 2022, a carga era de 28, mas naquele ano, antes, portanto, dela chegar ao Legislativo, os deputados aprovaram o aumento, o que trouxe uma sobrecarga para os professores que estão na ativa, que, segundo ela, estão cansados e adoecidos. “Eu diria que hoje esse é o grande clamor da categoria. Nós entramos na Justiça, mas seguimos tratando do assunto aqui na Assembleia, também com a Secretaria de Educação, porque ter os professores adoecidos não é bom para ninguém, nem para os alunos, nem para o Governo, muito menos para os profissionais”, alegou.
Bia de Lima ainda falou sobre outros temas, como os projetos de lei que ela têm apresentado na Casa, o novo Sistema Nacional de Educação que foi aprovado recentemente pelo Senado Federal, a defesa da primeira infância e o déficit de professores concursados, especialmente, nas redes municipais de educação.
A íntegra da entrevista pode ser conferida nos canais oficiais da Assembleia Legislativa de Goiás.