Ao subir à tribuna, no Pequeno Expediente da sessão ordinária desta quarta-feira, 15, a deputada Bia de Lima (PT) lembrou que hoje se comemora o Dia do Professor, mas reiterou que não se dirigia aos profissionais apenas para cumprimentá-los pela data. Segundo ela, sua mensagem vem no sentido de dar voz à educação, de exigir os direitos que, segundo ela, têm sido retirados da categoria, em Goiás, ao longo dos anos.

A parlamentar citou que essa derrubada dos direitos começou no Governo Marconi Perillo, que tirou a titularidade dos professores. Depois, acrescentou, Ronaldo Caiado prometeu a devolução da titularidade, o que levou muitos professores a votarem nele, mas que o retorno do benefício nunca aconteceu. “O que ainda piorou, porque nos foram retirados a licença-prêmio, os quinquênios, a tão sonhada aposentadoria especial, algo tão fundamental para os professores. Só quem é da sala de aula sabe o quanto é exaustivo, estressante e desgastante o trabalho em sala de sala, principalmente uma sala de aula cada vez mais lotada.”

A deputada também citou que, além de todas essas perdas, em 2022, a jornada de trabalho dos professores, que era de 28 aulas semanais, foi aumentada para 32 aulas. Lima também listou, como desrespeito aos direitos dos profissionais, o tempo de espera para a tramitação do processo de aposentadoria, que tem chegado até 2 anos, o que acaba forçando o profissional a trabalhar além do tempo regulamentar para a aposentadoria. “E aqui nessa Casa, não ouço ninguém falar sobre isso, nem mesmo hoje, o Dia do Professor, da Professora. Nós precisamos resolver essa pauta, é urgente.”

Como única boa notícia no Dia dos Professores, Bia de Lima citou o anúncio do chamamento de 535 aprovados no concurso público realizado pelo Governo do Estado, em 2022, para tomarem posse do cargo.