Clécio Alves discursa no Pequeno Expediente e volta a comentar ações do prefeito de Goiânia
Primeiro a discursar no Pequeno Expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 9, o deputado Clécio Alves (Republicanos) voltou a apresentar críticas à administração do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB).
O parlamentar iniciou sua fala dirigindo-se aos colegas e à imprensa, retomando questionamentos já feitos anteriormente. O principal eixo das críticas foi a suposta relação do prefeito com episódios investigados nacionalmente. Clécio Alves voltou a citar ações envolvendo a empreiteira Odebrecht e a Operação Lava Jato, atribuindo ao prefeito envolvimento em condutas irregulares.
As críticas também alcançaram a gestão financeira do município. O deputado argumentou que, embora a Prefeitura de Goiânia esteja sob decreto de “calamidade financeira”, planeja investir aproximadamente R$ 120 milhões na construção de dois reservatórios de contenção na Marginal Botafogo. Ele acrescentou que um novo reconhecimento de calamidade financeira, desta vez na área da saúde, estaria prestes a ser encaminhado à Alego.
Clécio Alves afirmou existir contradição entre tais medidas e declarações do prefeito, que, segundo o deputado, afirma ter “quase R$ 1 bilhão no caixa”. O parlamentar também mencionou a compra de leite para a rede municipal de educação, apontando o caso como um possível indício de falhas administrativas.
O embate entre os dois também assumiu tom pessoal. Clécio Alves respondeu a uma suposta acusação atribuída a Sandro Mabel de que ele teria recebido R$ 2 milhões por mês da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O deputado negou a informação e classificou-a como falsa.
Ele informou ainda ter ingressado com ações judiciais contra o prefeito e afirmou que adotará novas medidas caso considere necessário. Em sua manifestação final, dirigiu-se ao Plenário para alertar que a eventual aprovação de um novo decreto de calamidade financeira enviado pelo Executivo Municipal poderia, em seu entendimento, colocar os deputados “trabalhando contra a Goiânia”. O parlamentar afirmou que, em sua avaliação, a medida significaria endossar práticas fiscais e contábeis que requerem maior atenção.
Clécio Alves concluiu seu discurso reafirmando sua posição de oposição e destacando diferenças entre sua atuação e a do prefeito.