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Campanha do Dezembro Laranja de prevenção de câncer de pele tem como lema "Prevenir é o melhor remédio"

19 de Dezembro de 2025 às 09:50
Campanha do Dezembro Laranja de prevenção de câncer de pele tem como lema "Prevenir é o melhor remédio"

O Dezembro Laranja 2025, campanha contra o câncer de pele, chama a atenção para a importância do autocuidado e da realização do check-up anual com dermatologista. Além disso, destaca medidas essenciais para a prevenção da doença que representa cerca de 33% de todos os casos de câncer no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde.

Para o deputado Gustavo Sebba (PSDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o mês de dezembro é marcado pela necessidade de ampliar a informação e conscientizar a sociedade sobre temas essenciais que influenciam diretamente a qualidade de vida dos goianos.

Segundo o parlamentar, essa campanha reforça a importância de atitudes simples no dia a dia. “A prevenção é sempre o melhor caminho. Usar protetor solar, evitar exposição prolongada ao sol e procurar um dermatologista diante de qualquer lesão suspeita são cuidados básicos que salvam vidas”, afirma.

UV forte, proteção falha e risco real

O médico dermatologista Alessandro Alarcão também destaca falhas comuns na proteção solar e chama a atenção para sinais na pele. Ele atesta que o protetor reduz o risco, mas não zera. Isso acontece, afirma, porque a maioria das pessoas aplica menos produto do que deveria, não reaplica no intervalo correto e subestima a quantidade de radiação que recebe no dia a dia. "A luz atravessa nuvens e vidros, a pessoa anda de carro, caminha na rua, e essas pequenas exposições acumuladas ao longo dos anos contam muito mais do que um dia de praia. Por isso, alguém que 'se cuida' ainda pode adoecer se a proteção for insuficiente ao longo da vida”, ressalta.

O dermatologista e cirurgião dermatológico chama a atenção para o tempo de exposição solar também. De acordo com ele, não existe um número fixo de minutos. Ele destaca que até dez ou 15 minutos de sol forte sem proteção, repetidos diariamente por anos, aumentam o risco. “Queimaduras solares na infância, mesmo que poucas, duplicam a probabilidade de melanoma na vida adulta. O Brasil, com índices UV [radiação ultravioleta] entre os mais altos do mundo, reduz ainda mais esse limiar.”

Alarcão, que é presidente do Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica 2026, frisa que existem sinais de câncer de pele que quase nunca aparecem nas campanhas de prevenção, mas deveriam, como: feridinhas que não cicatrizam por mais de quatro semanas, casquinhas que caem e voltam sempre no mesmo ponto, áreas rosadas que crescem lentamente sem dor, regiões com brilho anormal na pele e coceira persistente em uma pinta antes estável. "São alterações discretas, porém muito relevantes", pontua.

Erros comuns

Alessandro Alarcão enfatiza que alguns mitos disseminados nas redes sociais deveriam desaparecer. “Entre eles, a ideia de que vitamina D dispensa protetor, que pele morena não precisa de FPS [fator de proteção solar] alto, que na sombra não há radiação ou que em dias nublados não existe risco. Todos são falsos. A radiação reflete no chão, atravessa nuvens, e a pele, seja clara ou escura, continua vulnerável”, esclarece.

Ao concluir, o especialista observa que todo brasileiro deveria entender que o perigo não está apenas no verão ou nas férias. “O risco real está na exposição pequena, repetida e silenciosa: caminhar até o carro, dirigir no horário de pico, trabalhar perto da janela, sair de casa rapidamente sem proteção. O envelhecimento precoce, as manchas e o câncer de pele são resultados dessa soma de detalhes que ninguém percebe.”

Para ele, se fosse possível mudar apenas um hábito neste Dezembro Laranja, seria este: “Reaplicar o protetor solar todos os dias, sem exceção. É simples, barato, eficaz e transformaria o futuro da saúde da pele no Brasil”, finaliza.

Agência Assembleia de Notícias - Repórter - Bárbara Lauria
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