2ª Bienal do Livro: a integração e estímulo pela literatura de Goiás
* Iso Moreira é deputado estadual pelo PSDB
Ogoverno do Estado realizou de 29 a 3 de maio, no Centro de Convenções de Goiânia, a 2ª Bienal do Livro de Goiás. O evento foi uma opção para as famílias que ficaram na cidade no final de semana prolongado pelo feriado do Dia do Trabalho. A bienal é uma iniciativa do governo de Goiás, por meio da Secretaria da Educação, em parceria com a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, Agência Goiana de Comunicação e GoiásTurismo.
Quero destacar o trabalho da secretária da Educação, que se esforçou bastante para que a Bienal do Livro alcançasse os seus objetivos. É preciso reconhecer que Milca Severino trabalha muito em favor da educação em Goiás, ela que é uma professora dedicada, competente. Os resultados de seus serviços estão aí, apesar das restrições orçamentárias e disponibilidades de recursos financeiros.
Em 2005, na primeira edição do evento, o homenageado foi Bernardo Élis (1915-1997), notável escritor goiano, que pertenceu à Academia Brasileira de Letras, tendo conquistado a vaga ao concorrer com o ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1975.
Esta bienal, que homenageou o escritor e folclorista Bariani Ortencio, reuniu experiências e encontros que irão, certamente, contribuir para que, num futuro bem próximo, consolidemos o Estado de Goiás como um Estado de muitos leitores.
Bariani Ortencio é um dos grandes nomes da literatura, conhecido não só em Goiás, mas também em outros Estados, principalmente em São Paulo, onde já recebeu muitos prêmios. A escolha foi feita por representantes de entidades culturais do Estado. A exemplo da homenagem a Bernardo Élis, a obra e a trajetória de Bariani Ortencio tiveram um espaço especial no evento. Em 2006, a Editora Kelps e a Leart levaram para a Bienal Internacional de São Paulo o Espaço Goiás Bariani Ortencio, prestando uma merecida homenagem ao autor.
A feira deste ano incluiu a participação de 800 dinamizadores de bibliotecas em cursos específicos, 40 lançamentos de livros de escritores locais, 204 oficinas diversas, 19 cursos, 34 apresentações artísticas e culturais e 27 palestras. As conferências, oficinas, palestras e demais atividades foram programadas de forma a permitir a interface do livro com as mais diferentes ferramentas, linguagens e espaços disponíveis ao homem no mundo contemporâneo. O livro como base para o aprendizado escolar, para o teatro, o cinema, o mundo virtual, a música, o circo, a oralidade. Como base para a vida.
A Bienal do Livro teve um foco na leitura, na apresentação dos escritores, na literatura e também no diálogo que o livro tem e traz com todas as formas de comunicação e expressão. A bienal contou com exposição de livros, com a presença de mais de 40 editoras, inclusive as editoras das universidades locais. Teve ainda a presença de livreiros apresentando obras nacionais e várias atividades informativas. Foram realizadas 27 palestras, 204 oficinas – contado com oficinas específicas para formação de coordenadores de bibliotecas, outras dedicadas para a discussão das obras indicadas ao vestibular – além de 19 cursos, 40 lançamentos de livros e 34 espetáculos artístico-culturais. De modo que a bienal trouxe uma série de atividades em que o foco maior é sempre o leitor
Os pais e mães, entendendo a importância do evento, levaram suas crianças à bienal, pois foram realizadas diversas atividades focadas no estímulo à leitura. A população teve participação intensa durante os três dias da promoção. É preciso formar o leitor. E a ida dos pais com os filhos menores estimula muito as crianças a valorizar o livro. Um bom leitor tem melhores condições em todas as adversidades e o livro é a principal ferramenta para a formação cidadã.
Em uma dessas atividades, os visitantes conheceram a história da imprensa, de Gutemberg aos dias de hoje. Nesse mesmo espaço os visitantes conferiram a história da imprensa em Goiás, montada a partir de pesquisa feita recentemente pela Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás. O ponto mais importante da bienal é a oportunidade que os frequentadores passam a ter para conhecer os autores.
Outro ponto marcante foi a presença dos escritores durante a bienal. Isso é bom para a criança sobretudo, que recebeu o livro e ficou sabendo quem o escreveu. Uma interação muito positiva na formação dos estudantes. No espaço chamado Dois dedos de prosa, os escritores lançaram suas obras, promoveram debates e encontro com os leitores. Outros 20 estandes foram oferecidos para autores independentes.
Para incentivar a compra, a Secretaria da Educação ofereceu bônus-livro para seus professores comprarem livros de até R$ 100, e de R$ 35 para estudantes da rede. As editoras presentes na feira concederam descontos.
A realização da II Bienal do Livro é muito importante tanto para o mercado livreiro quanto para os visitantes, em sua maioria estudantes e professores, pois lhes proporcionou o encontro com escritores e a oportunidade de participar de oficinas e ouvir os melhores palestrantes do Brasil, na área de Literatura.