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Marlúcio defende campanha permanente de combate ao hipotireoidismo

01 de Junho de 2009 às 17:24

O projeto de lei que dispõe sobre a criação de campanhas permanentes de prevenção, controle e combate ao Hipotireoidismo em todo o Estado, de autoria do deputado Marlúcio Pereira (PTB), tramita na Comissão de Constitução, Justiça e Redação (CCJ)

 

O projeto prevê a criação de um núcleo onde serão centralizadas todas as informações sobre o paciente, visando evitar a interrupção do tratamento. Uma das consequências mais graves da patologia é o aumento de doenças cardiovasculares, como infartos e derrames.  

 

De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre o hipotireoidismo no Brasil 12% das mulheres brasileiras sofrem da doença. O deputado Marlúcio Pereira justificou a necessidade da lei como sendo de extrema importância perante o cenário brasileiro, já que o índice de casos da doença é superior ao registrado em países como Estados Unidos, Holanda, Espanha e Noruega.

 

 

HIPOTIREODISMO

O que é?
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição dos hormônios da tireóide. Como se desenvolve? É um quadro clínico que ocorre pela falta dos hormônios da tireóide em decorrência de diversas doenças da tireóide.

No recém-nascido, as causas mais freqüentes envolvem:
 

 

a falta de formação da glândula tireóide (defeitos embrionários)
defeitos hereditários das enzimas que sintetizam os hormônios
doenças e medicamentos utilizados pela mãe que interferem no funcionamento da glândula da filho
Em adultos, a doença pode ser provocada por:
 

 

doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto)
após cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia
por medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da tireóide (amiodarona, lítio, iodo)
(mais raramente)por bócio endêmico decorrente de deficiência de iodo na alimentação
O que se sente? No recém-nascido, ocorre:
 

 

choro rouco
hérnia umbelical
constipação
apatia
diminuição de reflexos
pele seca
dificuldade de desenvolvimento
Se o paciente não receber tratamento adequado até a quarta semana de vida, pode ocorrer retardo mental severo, surdez, e retardo no desenvolvimento de peso e altura.

Na criança, a doença pode provocar déficit de crescimento associado à:
 

 

pele seca
sonolência
déficit de atenção
constipação
intolerância ao frio
apatia
No adulto, os sintomas são de:
 

 

intolerância ao frio
sonolência, constipação
inchumes nas extremidades e nas pálpebras
diminuição de apetite
pequeno ganho de peso
fraqueza muscular
raciocínio lento
depressão
cabelos secos, quebradiços e de crescimento lento
unhas secas, quebradiças e de crescimento lento
queda das pálpebras
queda de cabelos

A doença predomina no sexo feminino, no qual ocorre também irregularidade menstrual, incluindo a cessação das menstruações (amenorréia), infertilidade e galactorréia (aparecimento de leite nas mamas fora do período de gestação e puerpério). Quando a doença tem causa auto-imune (tireoidite de Hashimoto) pode ocorrer vitiligo e associação com outras moléstias auto-imunes:
 

 

endócrinas (diabetes mellitus, insuficiência adrenal, hipoparatireoidismo)
sistêmicas (candidíase, hepatite auto-imune

 Como o médico faz o diagnóstico?

No recém-nascido, deve ser realizada a triagem neonatal através da dosagem de T4 ou TSH em papel filtro. Se essas dosagens forem alteradas, o exame deve ser confirmado com os mesmos procedimentos no sangue e, se alterados, iniciar de imediato o tratamento.

No adulto, o diagnóstico é estabelecido pelas dosagens de T4 e TSH, e se os mesmos estiverem alterados (T4 baixo e TSH elevado), deve ser buscada a causa do problema através da pesquisa de anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO), antimicrossomais ou antitireoglobulina, que demonstrarão a causa auto-imune do distúrbio. Em pacientes com cirurgia prévia, além dos anticorpos, pode ser realizada também a pesquisa do resíduo de tecido tireóideo remanescente através da ultra-sonografia ou da cintilografia de tireóide. Deve ser também analisado o perfil lipídico do paciente, uma vez que ocorre severa dislipidemia associada ao estado de hipotireoidismo.

Como se trata? O tratamento de todas as formas de hipotireoidismo é realizado com Tiroxina (T4) em doses calculadas de 1,6 a 2,2 microgramas por Kg de peso corporal no adulto e de 3 a 15 microgramas por kg de peso corporal, dependendo da idade do paciente. O controle do tratamento é realizado pela dosagem de TSH, que deve se manter sempre normal. Nos pacientes dislipidêmicos devem ser monitorizados também os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Como se previne? Os casos que ocorrem após a cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia podem ser prevenidos através de cirurgia adequada no momento em que a mesma é indicada para o tratamento de bócio. Nas demais situações pode ser realizado um diagnóstico precoce, porém prevenção primária não é disponível

Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?248

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