Cadastro de torcedores em Goiás
*Padre Ferreira é deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia (www.padreferreira.com.br)
Ir ao estádio assistir a uma partida de futebol já foi momento de lazer e diversão para as famílias. No passado, era possível sentar na arquibancada e, tranquilo, ver seu time ganhar ou perder. Bons tempos aqueles em que o alvo principal da torcida era apenas o árbitro do jogo.
Lembro-me de que a gente ia a campo com a família, amigos, filhos e sobrinhos. Não existia preocupação com brigas, assaltos ou arrastões. Se o nosso time ganhasse, saíamos sorrindo, abraçando e elogiando o árbitro; se perdesse, não levaria o resultado para o campo pessoal.
Mas o futebol mudou. Dentro de campo, está mais rápido, disputado, com menos emoção. Muitos de nossos craques hoje jogam no exterior. Fora do estádio ficou ainda pior. Os torcedores já não vão mais ao estádio apenas para ver o futebol. Vão também para brigar, fazer algazarras e até matar.
Infelizmente, a violência tomou conta do esporte mais popular do País. Ir ao estádio hoje é uma aventura. É preciso ter muita coragem para deixar o conforto de seu lar e passar algumas poucas horas na arquibancada, pois nunca se sabe o que pode acontecer. A violência é tamanha que o torcedor corre o risco desde o momento que sai de casa até a volta.
O perigo está nos integrantes das chamadas “torcidas organizadas”. Muitos marginais acabam se infiltrando nestas torcidas com uma única preocupação: arrumar confusão e baderna. Recentemente, em Goiânia, bandidos com a camisa de uma torcida organizada do Goiás mataram três integrantes de uma organizada do Vila Nova. E o pior é que as vítimas nem estavam no campo de futebol. Aliás, nem próximo – estavam em um bar do outro lado da cidade.
Para tentar controlar estes vândalos, apresentei, ainda em 2007, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que obriga o cadastramento dos membros de torcidas organizadas em Goiás. Na semana passada, o projeto foi aprovado em plenário e em breve deve ser sancionado pelo governador.
Nas fichas de cadastro de cada associado deverá constar foto recente e datada, comprovante de endereço, cópia de identidade e do CPF. Assim, a Polícia Militar terá um cadastro eficiente para separar os torcedores dos marginais. Em nível nacional, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara projeto semelhante. A partir do ano que vem, só poderão assistir a jogos das Séries A e B do Brasileirão torcedores cadastrados e com carteirinha.
São dois passos importantes para coibir a violência no futebol e evitar que o esporte mais popular do País tenha um fim melancólico. O futebol precisa do torcedor e vice-versa. Um não existe sem o outro. Por isso, não podemos ficar de braços cruzados. Ainda é tempo para salvar o bom e apaixonante futebol.
Lembro-me de que a gente ia a campo com a família, amigos, filhos e sobrinhos. Não existia preocupação com brigas, assaltos ou arrastões. Se o nosso time ganhasse, saíamos sorrindo, abraçando e elogiando o árbitro; se perdesse, não levaria o resultado para o campo pessoal.
Mas o futebol mudou. Dentro de campo, está mais rápido, disputado, com menos emoção. Muitos de nossos craques hoje jogam no exterior. Fora do estádio ficou ainda pior. Os torcedores já não vão mais ao estádio apenas para ver o futebol. Vão também para brigar, fazer algazarras e até matar.
Infelizmente, a violência tomou conta do esporte mais popular do País. Ir ao estádio hoje é uma aventura. É preciso ter muita coragem para deixar o conforto de seu lar e passar algumas poucas horas na arquibancada, pois nunca se sabe o que pode acontecer. A violência é tamanha que o torcedor corre o risco desde o momento que sai de casa até a volta.
O perigo está nos integrantes das chamadas “torcidas organizadas”. Muitos marginais acabam se infiltrando nestas torcidas com uma única preocupação: arrumar confusão e baderna. Recentemente, em Goiânia, bandidos com a camisa de uma torcida organizada do Goiás mataram três integrantes de uma organizada do Vila Nova. E o pior é que as vítimas nem estavam no campo de futebol. Aliás, nem próximo – estavam em um bar do outro lado da cidade.
Para tentar controlar estes vândalos, apresentei, ainda em 2007, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que obriga o cadastramento dos membros de torcidas organizadas em Goiás. Na semana passada, o projeto foi aprovado em plenário e em breve deve ser sancionado pelo governador.
Nas fichas de cadastro de cada associado deverá constar foto recente e datada, comprovante de endereço, cópia de identidade e do CPF. Assim, a Polícia Militar terá um cadastro eficiente para separar os torcedores dos marginais. Em nível nacional, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara projeto semelhante. A partir do ano que vem, só poderão assistir a jogos das Séries A e B do Brasileirão torcedores cadastrados e com carteirinha.
São dois passos importantes para coibir a violência no futebol e evitar que o esporte mais popular do País tenha um fim melancólico. O futebol precisa do torcedor e vice-versa. Um não existe sem o outro. Por isso, não podemos ficar de braços cruzados. Ainda é tempo para salvar o bom e apaixonante futebol.