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Literatura

11 de Agosto de 2009 às 21:00
Jornalista Pinheiro Salles lança na Assembleia, no dia 25, a segunda edição do livro "Confesso que Peguei em Armas".

O jornalista, advogado e ex-preso político Pinheiro Salles lança no próximo dia 25, na Assembleia, dentro da programação da Terça Cultural, a segunda edição do livro “Confesso que Peguei em Armas”. Antes, no dia 22, o jornalista autografa a obra no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, em evento comemorativo aos 30 anos da Anistia, promovido pelo Governo Federal, sob coordenação do Ministério da Justiça.

A primeira edição do livro foi publicada em 1979, quando Salles completava nove anos nos cárceres do Regime Militar, depois de ser preso pelos militares em 1970, em Porto Alegre. Durante esse tempo passou por sessões de tortura alternadas entre o Rio Grande do Sul e São Paulo.

As marcas da violência ainda estão em seu corpo. O punho direito foi dilecerado pelas cordas do pau de arara, o que lhe causou invalidez neste braço. Os dentes da parte inferior da boca foram destruídos e tiveram de ser reimplantados.

Salles explica que fez uma rigorosa revisão para essa nova edição, o que não teve a oportunidade de fazer quando o livro foi lançado pela primeira vez, em 1979. “Foi publicado do jeito que eles digitaram na editora, a partir dos meus escritos feitos à mão na cadeia”, conta.

"Confesso que Peguei em Armas", publicado pela Editora Vega, em 1979, relata a participação de Pinheiro Salles na luta armada contra o Regime Militar que se instalou no Brasil em 1964. Membro da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), Salles era tido pelos militares como uma das principais lideranças dos movimentos contra o regime.

A partir do AI–5, o jornalista passou a viver na clandestinidade e entrou para a luta armada. Desde o momento em que foi preso em Porto Alegre, sofreu vários tipos de tortura, como choques elétricos a pau de arara, e passou por 18 presídios diferentes. Em 28 de agosto de 1979 deixou a prisão, beneficiado pela Lei da Anistia.

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