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Césio 137

13 de Setembro de 2012 às 17:40
Proposta pelo Major Araújo, sessão vai homenagear, na sexta-feira, 14, policiais que atuaram na época do acidente radioativo em Goiânia.

O deputado Major Araújo (PRB) realiza na Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira, 14, sessão solene de entrega da Medalha do Mérito Pedro Ludovico Teixeira a várias personalidades goianas.

A iniciativa se dá em virtude da comemoração de 154 anos da Polícia Militar do Estado de Goiás e também em memória aos 25 anos do acidente com o Césio 137. Na ocasião, receberão a homenagem os militares que arriscaram a vida e a saúde em defesa da sociedade no maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora de usinas nucleares.

A cerimônia terá início às 9 horas, no Plenário Getulino Artiaga da Casa Legislativa.

Histórico do acidente radioativo
Fonte: link

Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio 137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha Césio 137.

O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia, conhecido como Santa Casa de Misericórdia, no Centro de Goiânia, tais homens se depararam com um aparelho de radioterapia abandonado, tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles.

Algumas horas após o contato com a substância, as vítimas apareceram com os primeiros sintomas da contaminação: vômitos, náuseas, diarreia e tonturas. Como ninguém fazia ideia do que estava ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação. As medidas tomadas não foram suficientes para evitar que alguns pacientes viessem a óbito.

O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A retirada de todo o material contaminado com o Césio 137 rendeu cerca de 6 mil toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção etc.). O lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres, revestidos com concreto e aço, em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.

No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia, a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços.

Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do Governo para a assistência da qual necessitam e fundaram a Associação de Vítimas contaminadas pelo Césio 137, destinada a lutar contra o preconceito ainda existente.

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