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Erotização Infantil

20 de Fevereiro de 2014 às 17:50
Crédito: Carlos Costa
Erotização Infantil
Programa Opinião,Deputado Carlos Antonio discute Erotização Precoce
"Prevenção da Erotização Infantil" é o tema do Programa Opinião, veiculado pela TV Assembleia nesta quinta-feira, 19 horas.

''Prevenção da Erotização Infantil” é o tema do Opinião, produzido pela TV Assembleia e apresentado pela jornalista Ketley Dias. Para debater o tema, foram convidados a psicologa e psicanalista Carla Patrícia Rosa e o deputado Carlos Antonio (SDD), presidente da Comissão da Criança e Adolescente, que tem se emprenhado na estruturação de conselhos tutelares na Capital e no interior. “A infância está cada vez mais curta”, disse ele, externando a preocupação da Comissão com a precoce expressão da imagem infantil e a reprodução de comportamentos adultos divulgados pela mídia, especialmente a eletrônica.

''A erotização infantil tornou-se tão comum nos dias de hoje, que a própria mídia enfatiza a sexualidade precoce”, observa a psicóloga, que recebe em seu consultório pais apavorados, sem saber o que fazer para driblar o marketing. “O público-alvo é a família que acaba não sabendo o que fazer, ao observar que suas crianças estão adotando comportamento de adulto, ou seja, desenvolvendo muito cedo a sexualização”.

Esse excesso de marketing voltado para a sexualidade, praticamente sem controle do que é ou não nocivo à formação da criança, vem preocupando bastante o presidente da Comissão. Para o deputado, o que se observa é que aquele acompanhamento fase a fase da criança não é mais como antes, quando os pais se preocupavam com a censura, com programações não recomendáveis para menores. “Hoje a família quer pular etapas, os pais incentivam a definição sexual antecipando fases. É comum meninas com quatro, cinco anos de minissaia, maquiagem. Meninos também incentivados a mostrar sua masculinidade”, lamenta ele.

Questionada sobre quem são os principais incentivadores, a psicanalista aponta a família como a primeira base, o primeiro elo para a preservação da infância. “Hoje, cada vez mais a família está se distanciando destes cuidados”, diz ela, ressaltando que os meios também são responsáveis. “Não é só a família ou a escola. É o livre acesso à tecnologia, que divulga coisas boas e também ruins e as crianças são bombardeadas de uma forma, que fica difícil colocar limites. Os pais chegam à clínica pedindo socorro”, revela Carla Patrícia.

Na opinião dos entrevistados, a mídia deveria se colocar a favor do desenvolvimento saudável, já que crianças e adolescentes estão em fase de formação. Segundo a psicanalista, há pesquisas que revelam esta falta de limites que cabe à família impor. “Muitas crianças ficam 40 horas semanais em frente ao computador, ou em jogos eletrônicos ou em redes sociais, sem sem atividades extras, sem censura de horário”. Ela recomenda atividades simples intercaladas com as eletrônicas, como parques, esportes, piquenique, clubes. Atividades simples como bola, bicicleta, coisas que hoje estão sendo deixadas de lado e substituídas pela máquina eletrônica.

Questionados sobre até onde esta permissividade leva a crimes hediondos, como pedofilia, os entrevistados lamentam se tratar de um prato cheio. “A mídia enfatiza a sexualidade precoce e leva a perversidades como a pedofilia”, diz a psicóloga. “Os meios de projeção do erotismo precoce devem ser controlados”, diz o deputado Carlos Antonio. Ele informa que, antes da Copa, vai haver uma campanha nacional do Governo Federal contra a pedofilia. “Todos os conselheiros devem estar atentos”, conclama. Acompanhe a íntegra da entrevista pela TV Assembleia, no canal 8 da NET ou pelo Portal da Casa.

 

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