Suplentes e Eleição
A eleição municipal deste ano poderá provocar mudança significativa no Plenário da Assembleia Legislativa, a partir de 2017, em razão da posse de suplentes de deputados estaduais que forem eleitos em 2 de outubro. Vale lembrar que serão beneficiados os suplentes das coligações registradas na eleição de 2014.
No PMDB, a se confirmar a vitória de Adib Elias em Catalão e de Ernesto Roller em Formosa, os suplentes convocados seriam Wagner Siqueira (24.250 votos) e Clécio Alves (18.339 votos).
A situação do deputado Renato de Castro é diferenciada: ele foi eleito pelo PT e, apesar de ter se filiado ao PMDB para disputar a Prefeitura de Goianésia, quem assumiria sua vaga é o 1º suplente do PT, Karlos Cabral (15.254 votos). No caso da deputada Delegada Adriana (PT), que se candidatou à prefeitura de Goiânia, o beneficiado por uma eventual vitória dela seria Gugu Nader, o 2º suplente de sua bancada em 2014.
Único deputado goiano a disputar cargo de vice-prefeito neste ano, Major Araújo (PRP) pode ceder sua vaga para o vereador Elias Vaz, do PSB, em caso de vitória de Iris Rezende (PMDB) para a Prefeitura de Goiânia. Tudo a ver com a coligação do PRP com PSB e PSC, celebrada há dois anos.
Base Aliada
A base de sustentação do Governo na Assembleia Legislativa registrou cinco candidatos a prefeito este ano: Francisco Júnior (PSD), em Goiânia; Álvaro Guimarães (PR), em Itumbiara; Marlúcio Pereira (PSB), em Aparecida de Goiânia; Carlos Antonio (PSDB), em Anápolis; e Doutor Antônio (PR), em Trindade.
A convocação de suplentes, no entanto, não vai beneficiar os atuais partidos dos deputados candidatos, mas as alianças em 2014 — no caso, os suplentes da coligação PSDB/PP/PR/PSD/PTB.
Um possível sucesso eleitoral de Francisco Júnior, Álvaro Guimarães e Marlúcio Pereira (mesmo ele tendo trocado o PTB pelo PSB), efetivaria os suplentes Júlio da Retífica (27.884 votos), Daniel Messac (27.142 votos) e Vitor Priori (26.567 votos), todos do PSDB. Explica-se: Marlúcio mudou de partido, mas prevalece o direito da coligação original.
Carlos Antonio, por exemplo, foi eleito pelo Partido da Solidariedade, mas filiou-se ao PSDB para disputar a Prefeitura de Anápolis. Se ganhar a eleição, quem será convocado é o suplente da coligação SD/PTN/PRTB/PCdoB/PPL — no caso, o atual vereador de Aparecida de Goiânia, William Ludovico (12.486 votos).
A situação do deputado Doutor Antonio também é atípica: ele foi eleito pelo PDT, filiou-se ao Partido da Mulher Brasileira em 2015, mas assinou ficha derradeira no PR, aproveitando-se da janela partidária aberta pelo Congresso. Se for eleito, o suplente convocado seria José Rodrigues de Lima Neto (19.516 votos), que fez parte da coligação do PDT com o PTN na eleição passada.