Setor Energético
A entrega do Decreto nº 8.681, de 29 de junho de 2016, que institui o Comitê Gestor de Políticas de Apoio ao Setor Florestal e Madeireiro em Goiás, marcou a oitava reunião do Fórum de Discussão Permanente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, na Escola de Engenharia e Computação da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A iniciativa do encontro e desta plataforma de debates partiu do presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, deputado Simeyzon Silveira (PSC). Ele presidiu mais um encontro que tratou de iniciativas que visam a sustentabilidade ambiental por meio do fomento de matrizes complementares de produção de energia elétrica para o Estado.
O Decreto referido foi entregue pela secretária executiva do Conselho de Fomento às Indústrias (CFI) da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Sandra Mendez, que representou o secretário Luiz Maronezi. O Comitê terá o objetivo de elaborar, implantar e gerir políticas estaduais de apoio ao segmento florestal e madeireiro.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Produtos de Base Florestal, Ricardo Cantaclaro, o setor tem uma grande importância para o Brasil, dentre outros motivos, porque fornece matéria-prima (biomassa) para uma geração complementar de energia elétrica. Ricardo é membro do Fórum e incentivador da medida, em parceria com Simeyzon, junto ao Executivo goiano.
Foi também destaque do encontro a exposição do cronograma de execução dos pontos de energia solar fotovoltaica em habitações populares de municípios goianos. A apresentação foi feita por Adriano Castanheira, representante do presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Luiz Stival.
Conforme Adriano, este programa de eficiência energética para casas populares de interesse social quer fazer com que Goiás se torne o estado pioneiro neste tipo de implantação e tenha o maior número de conexões de geração fotovoltaica. “Também temos o intuito de ter três cidades goianas entre as quatro com maior quantidade de unidades geradoras no País”, disse.
O palestrante informou que serão 1.199 kits em convênios firmados, com previsão de que haja um resultado econômico de 84,9%. Fazem parte do convênio os seguintes municípios: Alto Paraíso, que receberá 40 pontos; Palmeiras de Goiás, 480 pontos em uma primeira etapa e depois mais 260; Pirenópolis 149; e Caçu, 270 pontos. Está previsto que todos sejam instalados até o fim deste ano.
Nesta perspectiva de iniciativas que fomentem a implantação de fontes energéticas para integralizar a hidráulica, Simeyzon destacou o planejamento do programa “Goiás Energias Sustentáveis”. O projeto, que abordará uma série de medidas de incentivo, ainda está em fase de elaboração pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos (Secima) e é um dos resultados práticos obtidos por meio da atuação do Fórum.
Outras intervenções
O engenheiro eletricista e professor da UFG, Enes Gonçalves, falou sobre o 15ª Prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente. Ele também informou que haverá, em Nova Veneza, município localizado a 29 km de Goiânia, a implantação de sistema solar fotovoltaico em 51 telhados residenciais. Segundo ele, o objetivo é tornar a cidade mais limpa, sustentável e, com isso, utilizá-la como laboratório de estudo para instituições nacionais e internacionais.
A última explanação foi feita pelo representante do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Goiás (Senge), o engenheiro eletricista Rafael Nielson, que apresentou um panorama sobre “Geração Distribuída e Eficiência Energética”. Ele destacou, dentre outras coisas, a importância da utilização racional da energia gerada, que é, em sua perspectiva, um desafio para o setor elétrico.
O anfitrião da vez foi o diretor da Escola de Engenharia e Computação, Marcelo Stehling, que representou o reitor Orlando Afonso. Ele elogiou o trabalho do Fórum por reunir de forma permanente representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Goiânia, de entidades fiscalizadoras, do setor produtivo, de instituições de ensino e pesquisa e da sociedade civil.
Marcelo disse reconhecer a efetividade das demandas que vem sendo trabalhadas e ressaltou a importância do debate para o Brasil. “Um país só cresce se tiver energia elétrica. E ela tem que ter cada vez mais qualidade e ser menos poluente”, opinou.