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Deputados repercutem cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff

31 de Agosto de 2016 às 17:26
Crédito: Marcos Kennedy
Deputados repercutem cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff
Sessão Ordinária
A cassação em definitivo do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), pelo Senado Federal, teve repercussão na sessão plenária da Assembleia na tarde desta quarta-feira. Deputados da base aliada do governo estadual e da bancada oposicionista se posicionaram sobre o assunto, ora favoráveis, ora contrários à destituição da petista do cargo, por conta de pedaladas fiscais.

Dilma Rousseff (PT) não é mais presidente da República, já que seu mandato, que duraria até 2018, foi cassado no Senado Federal sob a justificativa de que a mesma cometeu crime de responsabilidade fiscal. Dos 81 senadores brasileiros, todos presentes na sessão, 61 votaram favoravelmente ao processo de impeachment, ao passo que 20 se manifestaram contrários.

Questionados, deputados estaduais goianos externaram suas opiniões a respeito do impedimento e do novo governo brasileiro, assumido oficialmente pelo então vice-presidente, Michel Temer (PMDB), às 16 horas desta quarta-feira, 31.

Petista, o deputado Humberto Aidar engrossa o coro dos que acreditam que a deposição de Dilma configura golpe parlamentar. “Não tenho dúvidas de que a ex-presidente foi vítima de um golpe parlamentar. Assim também pensa a imprensa de todo o mundo. A falta de embasamento jurídico é clara e será provada pela História”, declarou.

Por considerar o presidente Temer um traidor, Aidar defende a convocação de novas eleições. “Ele não conseguiria votos nem para síndico de prédio. É ficha-suja e não tem legitimidade popular para administrar o país”, pronunciou. Apesar de ser favorável a um novo pleito, o deputado não acredita que ele vá, de fato, acontecer, porque o impeachment teria se tornado possível por ter sido acordado entre Temer, senadores e deputados.

Valcenôr Braz (PTB), por sua vez, considera o governo Temer legítimo. O parlamentar pensa assim, pois percebe que Temer foi eleito juntamente com Dilma e, portanto, referendado por seus eleitores.

Quanto ao impeachment, o deputado não se manifestou nem favorável, nem contrário, mas disse que a falta de governabilidade tinha que ser resolvida de alguma forma para que o país pudesse voltar à vida normal.  “As dificuldades e o sofrimento vão continuar, mas pelo menos encerramos essa pauta e podemos seguir em frente” encerrou Valcenôr.

Líder do PMDB na Assembleia Legislativa, José Nelto acredita que, com a saída do PT e ascensão de seu partido, o país fica em melhores mãos. O deputado espera que o novo presidente consiga realizar reformas importantes para o enfrentamento da crise, assim como torce para que outros processos de cassação sejam abertos no Brasil. “Os próximos a enfrentarem a Justiça devem ser os governadores de Estados, para que aprendam a administrar melhor o nosso dinheiro”, finalizou.

Sem mencionar as pedaladas ou os decretos que embasaram o pedido de impedimento no Congresso Nacional, o tucano Francisco Oliveira disse ser favorável à deposição de Dilma Rousseff, porque ela não contava mais com o apoio popular. Renovados de esperança, os brasileiros deveriam agora, de acordo com o deputado, cobrar dos congressistas a votação das medidas necessárias para que o país saia da crise.  

Filho do deputado federal Jovair Arantes (PTB), responsável pela elaboração do parecer que respaldou a tramitação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, o deputado estadual Henrique Arantes (PTB) declarou que a condenação de Dilma foi justa, já que ela, comprovadamente, cometeu crime de responsabilidade. “Lugar de criminoso não é governando o país”, enunciou.

Henrique Arantes acredita que a nova presidência tem uma grande missão, já que Temer precisará elaborar e implementar ações rápidas e planos coesos para tentar consertar o que de errado teria o Brasil.  “Há ainda um grande caminho, mas nesta tarde o primeiro passo foi dado: tiramos o PT do poder”, arrematou.

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