Ícone alego digital Ícone alego digital

Sefaz destaca apoio da Assembleia na busca do equilíbrio fiscal do Estado

05 de Outubro de 2016 às 16:15
Crédito: Marcos Kennedy
Sefaz destaca apoio da Assembleia na busca do equilíbrio fiscal do Estado
Audiência Avaliação Metas Fiscais Quadrimestre 2016
Ao prestar contas das metas fiscais do Estado, referentes ao segundo quadrimestre deste ano, a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, trouxe notícias positivas sobre as finanças do Governo, em audiência na Assembleia, nesta quarta-feira. Ela disse que o Estado, depois de passar por momentos difíceis, voltou a encontrar seu equilíbrio e vai conseguir cumprir meta fiscal fixada.

A secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, trouxe notícias positivas sobre as finanças do Estado, para a audiência pública realizada nesta tarde, no Auditório Solon Amaral, onde apresentou as metas fiscais do Estado referentes ao segundo quadrimestre de 2016. A chefe da pasta explicou que, depois de momentos difíceis, o Estado voltou a encontrar seu equilíbrio e vai conseguir cumprir meta estipulada pela Assembleia Legislativa, que é um deficit fiscal de R$ 111 milhões.

Ana Carla destacou o apoio da Casa, em 2015 e 2016, para que o Estado continuasse avançando, ao contrário de outros unidades federativas, que, segundo ela, entraram em colapso financeiro, prejudicando servidores públicos e toda a população.

“O desequilíbrio fiscal cobra o seu preço com recessão, com desemprego e impossibilitando o Estado de dar a assistência necessária à população mais carente”, afirmou a secretária.

De acordo com ela, o pior já passou, e alguns setores da economia até já apresentam sinais de recuperação. “As ações que nós buscamos visam mudar isso. Com crescimento e geração de oportunidades, que só surgem num ambiente de equilíbrio, sem gastar mais do que recebe. O fundo do poço, de alguma maneira, já passou. Mas só conseguiremos fazer investimentos se conseguimos fazer um ajuste estrutural, que incluem o enxugamento da máquina”, salientou.

Ana Carla afirmou que o objetivo do Governo tem sido fazer com que o Estado não chegue à situação de crise em que várias unidades da federação chegaram, como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. “Nestes Estados, os secretários da Fazenda não fazem nada mais do que esperar a bomba estourar”, afirmou.

Segundo ela, cerca de 20 Estados vivem esta situação atualmente, mas reiterou que Goiás mantém suas finanças em dia. “Hoje podemos dizer que vamos pagar a folha todo mês. Mas, se não mantivermos controle, vamos voltar à situação de não saber se podíamos pagar a folha”, salientou.

De acordo ainda com a secretária, o Estado enfrenta desequilíbrios causados, principalmente pelo passivo de 2015, onde houve queda de arrecadação, mas há aumento de receitas. “Goiás é um dos poucos Estados que tem crescimento real de receitas. Mas estas receitas têm destinação pré-determinadas, como despesas com pessoal, custeio programas sociais e manutenção de rodoviais”, esclareceu.

Inflação

A secretária explicou que fatores como inflação e recessão também contribuíram para a crise que Goiás enfrentou. “A inflação é outro preço que se paga pelo desequilíbrio fiscal. O Brasil entrou num processo inflacionário, que chegou a mais de 10% no ano passado. Mas há sinais de arrefecimento. A recessão também veio e provocou queda no PIB. Goiás também sofreu os efeitos”, salientou.

Ana Carla explicou que a prioridade principal da Sefaz foi convergir o que é o orçamento com o que é disponibilidade de caixa. “Criar a despesa sem ter recurso para pagar é emitir um cheque especial que em algum momento vai ter que ser pago”, comparou.

Ela explicou que havia receitas, mas contas a pagar de 2015 foram quitadas com arrecadação de 2016. “Se não fosse isto, haveria hoje no Estado uma situação superavitária”, disse.

Outra prioridade da Sefaz foi a Responsabilidade Fiscal, com o controle de gastos. “Não assumimos gastos que não teríamos condições de quitar”, explicou. Esta meta incluía a pontualidade no pagamento da folha, que, segundo ela, sempre foi uma determinação do Governador.

A titular da Sefaz explicou que o plano do Governo para superar a crise inclui ainda o enxugamento da máquina pública. A secretária anuncia que, em breve, o governo vai implantar um programa, onde todos os ativos, como Centros de Excelência, Estádio Serra Dourada e terrenos, serão avaliados para ser decidido se continuarão em poder do Estado ou passarão para a iniciativa privada.

Números

Ana Carla informou que as contas do Governo contam com R$ 1,7 bilhão de resultado primário, dado que ela considera muito positivo e que reflete o esforço fiscal do Estado. “Não significa que o Estado tem essa quantida disponível hoje. Existem despesas dos próximos quatro meses, como a folha, que vão consumir esta quantia. Mas poderá estar disponível futuramente”, ressaltou.

Outra despesa que consumirá este saldo positivo na balança é a dívida da Celg assumida pelo Estado. Mas mesmo assim, o total dos gastos ficam abaixo dos limites estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, na proporção de 50% do permitido.

A secretaria informou ainda que as receitas cresceram 10% nos oito primeiros meses de 2016. Um dos fatores que levou a isso foi a antecipação das receitas de IPVA para o primeiro semestre. E de acordo com ela, o apoio dos deputados também foi importante para que isso fosse conquistado.

Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.