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Promotor afirma que afastar o lixo da população não resolve este problema ambiental

31 de Outubro de 2016 às 15:42

Promotor da 15ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Juliano Araújo, defende que o tratamento do lixo vá além do afastamento do mesmo da população, para os chamados lixões, e que o problema seja tratado de forma multidisciplinar. Ele participa do debate, que acontece na Assembleia Legislativa, sobre os seis anos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Segundo ele, o Brasil não realiza com eficácia, atualmente, prevenção dos resíduos ou a redução dos resíduos. “Estamos caindo num ciclo vicioso. Ainda estamos jogando muito fora resíduos que podem ser reaproveitados, gastando mais e mais recursos para afastar o lixo e enterrá-lo e o problema só tende a aumentar. E por isso, precisamos trazer a sociedade para discutir amplamente esta questão”, disse.

O promotor, contudo, se disse otimista com a sanção da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que, segundo ele, ainda vai demorar a produzir reflexos, e da criação de um plano estadual para enfrentar este desafio.

Sancionada em 2 de agosto de 2010, a Lei Nacional de Resíduos Sólidos deu um prazo de quatro anos para que as cidades brasileiras se adequassem às normas. Porém, passado este período, o problema permanece. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em todo o Brasil, 60% dos municípios ainda não conseguiram fazer as mudanças necessárias.

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