Eleições americanas
A eleição do republicano Donald Trump para presidente dos Estados Unidos tem gerado reações de diversas naturezas em todo o mundo. O bilionário que era tido como um azarão surpreendeu os mais céticos analistas que apostavam numa vitória da democrata Hilary Clinton. A postura conservadora e nacionalista do futuro presidente da maior potência econômica e bélica mundial foi alvo de observação por parte de alguns deputados, durante o Pequeno Expediente na sessão ordinária desta quarta-feira, (09/11), no Plenário Getulino Artiaga da Assembleia Legislativa.
O primeiro a tratar do tema foi o deputado Luis Cesar Bueno ( PT ). O parlamentar observou que numa economia globalizada a sucessão presidencial nos Estados Unidos pode ter reflexos na economia brasileira e, especialmente na de Goiás, uma vez que, segundo ele, o Estado é um grande exportador de produtos agrícolas para o país norte americano, como soja e laranja, além de carne bovina. O deputado lembrou que Donald Trump mostrou durante a campanha eleitoral à Casa Branca determinação em defender ações protecionistas e de subsídios aos produtos agrícolas produzidos nos EUA e que, segundo ele, isso afetaria as exportações brasileiras e goianas. Ao concluir Luis Cesar Bueno acrescentou que a vitória de Trump serve como reflexão para um novo momento da política econômica mundial. Ele destacou que “os defensores da democracia façam uma reflexão sobre o momento atual” e disse também que “o mundo caminha para o fim do processo de globalização".
O deputado Mané de Oliveira ( PSDB ) também fez reflexão à cerca da eleição de Donald Trump. O parlamentar disse que o Brasil viveu momento parecido na década de 60, época em que Jânio Quadros venceu as eleições quando quase ninguém acreditava. Mané de Oliveira também se mostra preocupado com o futuro das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos na Era Trump e com possíveis prejuízos para a economia goiana, exportadora de matérias primas e manufaturados para o mercado norte americano.
O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, 9, que a vitória do republicano não muda em nada a relação entre o Brasil e os Estados Unidos. "Tenho dito que a relação do Brasil com os Estados Unidos e os demais países é institucional, ou seja, de Estado para Estado. É claro que o novo presidente [norte-americano] que assume terá de levar em conta as aspirações de todo o povo americano. Tenho certeza que não muda nada na relação Brasil e EUA", declarou Temer.