Presidente da ACCG fala sobre situação financeira da entidade
O presidente da ACCG, o médico Paulo Moacir de Oliveira Campoli, durante a audiência pública de prestação de contas da Associação, discursou sobre a situação da mesma. Ele explicou que o hospital está vivendo uma fase complicada quanto ao repasse de recursos pelos órgãos governamentais, pois estão acontecendo atrasos. A audiência acontece nesta quarta-feira, 23, no Auditório Solon Amaral,
“O grande problema que está ocorrendo é quanto a crise financeira que se instalou no país. O custo dos procedimentos médicos tem estado acima do que é repassado pelo SUS. Isso está gerando uma situação de déficit. Nós tememos muito pela ACCG, pois ela não suporta vivenciar um prejuízo de longo tempo”, afirmou.
Por ser uma entidade filantrópica, que vive a maior parte de doações, os recursos repassados pelo Governo do Estado de Goiás estão atrasados. De acordo com Paulo Moacir, 5% do faturamento da ACCG vem de doações. “A sociedade contribui bastante com o hospital e de 2012 pra cá conseguimos sustentar bem a situação”.
Do ponto de vista do Governo Federal, o presidente da ACCG explicou que é uma situação ruim, pois o SUS não reajusta suas tabelas desde 1999. “Vivemos com uma tabela ultrapassada que não cobre os custos reais”, explica.
Sobre os repasses feitos pelo Governo Estadual, ele explica que há um convênio de repasse no valor de R$ 800 mil por mês para o Hospital Araújo Jorge, no entanto, as parcelas de setembro, outubro e novembro deste ano ainda não foram repassadas. “Esse recurso faz muita falta para nós, pois está no planejamento. Quanto ao ponto de vista municipal, a situação é muito crítica também, pois há muitos atrasos”, concluiu.