Autonomia das Casas Legislativas
Durante entrevista à imprensa logo após a sessão ordinária desta terça-feira, 13, o presidente José Vitti (PSDB) falou sobre sua participação na 21ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), realizada na última semana, quando foi eleito para comandar o Colegiado Nacional de Presidentes de Assembleias Legislativas. “Foi bastante produtivo. Tivemos a presença de quatro governadores e quatro ministros. A troca de experiências que trouxemos com certeza vai contribuir para que possamos aperfeiçoar o nosso Legislativo goiano".
De acordo com Vitti, o colégio de presidentes vai trabalhar em conjunto com a presidência da Unale e a principal pauta já está definida, é a PEC 47. “Buscaremos sintonia para tratar de pautas relevantes para os legislativos, principalmente a PEC 47, que se encontra na Câmara Federal e trata da autonomia dos Legislativos, dando condições para que os deputados possam legislar sobre temas que hoje são de exclusividade da União”, explicou o parlamentar.
O presidente comentou também sobre o Orçamento Impositivo, Proposta de Emenda Constitucional de autoria do deputado Henrique Arantes (PTB), que dá direito ao parlamentares de apresentarem emendas ao Orçamento do Estado. “A princípio eu fui contra, porém, conversando com alguns parlamentares, hoje eu entendo que pode ser importante. Porém não podemos prejudicar nenhuma área prioritária do Estado em função de emendas parlamentares até porque esta não é a função predominante do nosso trabalho. Porém se tivermos emendas num orçamento previamente aprovado, com emendas efetivamente pagas, isto será importante para o Legislativo, pois nos dará mais autonomia".
A próxima eleição para governador também foi tema da conversa. O deputado comentou sobre pesquisa publicada recentemente que mostra o senador Ronaldo Caiado (DEM) com mais de 40 % de votos no Estado, contra 10 % de José Eliton (PSDB), o candidato da base governista. Ele considera natural que o político do DEM esteja em vantagem, pois tem maior visibilidade no cenário nacional pelo trabalho que desenvolve no Senado. Mas acredita que com as obras a serem entregues pelo Governo e com o trabalho que será realizada assim que o nome de José Eliton for oficializado o quadro vai se reverter. Um ponto positivo destacado por ele é que, nesta pesquisa, o candidato governista está à frente do deputado Daniel Vilela (PMDB).
Quanto às especulações de que ele próprio poderia ser candidato, José Vitti ressaltou que o nome natural até o momento é o de José Eliton, mas, se porventura seu nome aparecer bem cotado nas pesquisas, poderá se colocar à disposição do partido. Em sua opinião, o partido já tem a vantagem de contar com uma grande base de apoio em todo o Estado. “Se o partido conseguir manter a base que a gente tem hoje nós vamos conseguir largar na frente. É claro que precisamos ter prefeitos, vereadores, lideranças nos apoiando”, disse.
Em relação à crise política enfrentada pelo presidente do País, Vitti defende sua permanência no cargo. “Vivemos uma instabilidade há muitos anos. Tivemos crise ética, crise econômica e o impeachment. Mas agora, os indicativos econômicos estão melhorando cada vez mais. Um novo impeachment seria desastroso para o nosso país”, enfatizou.