Colégio Goyases

O presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Assembleia Legislativa, Carlos Antonio (PSDB) vai visitar o Colégio Goyases, na região Leste de Goiânia, que na manhã da última sexta-feira,20, foi palco de uma tragédia. Um aluno do 8° ano armado abriu fogo contra colegas de sala causando a morte de dois estudantes e ferindo a tiros outros quatro.
O autor dos disparos teria sido vítima de bullying na escola e por isso pegou a arma da mãe, que é policial militar, para atirar nos colegas de sala por vingança. O presidente da Comissão da Alego disse que até aproxima sexta-feira,27, vai se reunir com a direção do colégio, palco da tragédia, com a intuito de agendar a realização de uma audiência pública na unidade de ensino.
A intenção, segundo ele, é discutir formas de prevenção e de enfrentamento ao bullying, que pode ter desencadeado a reação de extrema violência por parte do adolescente autor dos disparos. De acordo com Carlos Antonio a audiência pública, que deve ser realizada na semana que vem, deve reunir autoridades estaduais e municipais da área da educação, a direção e a coordenação do colégio, educadores, deputados membros da Comissão da Criança e do Adolescente e profissionais que lidam com a questão do bullying, como psicólogos e psicoterapeutas.
“Vamos fazer um trabalho específico de combate ao bullyng, orientado inclusive diretores de escolas públicas e particulares, que possam detectar esse fato ocorrendo dentro da escola e como agir, principalmente na disciplina dos alunos envolvidos”, destacou Carlos Antonio. A intenção do presidente da Comissão é levar a discussão sobre o bullyng para escolas públicas e particulares de todas as regiões de Goiânia. “Após a audiência pública no Colégio Goyases vamos ampliar esse debate, para quem sabe, contribuirmos para que outra tragédia como essa não aconteça mais”, pontou.
Manifestação dos deputados
Na sessão plenária desta quarta-feira, 25, vários deputados ocuparam a tribuna para lamentar o ocorrido. Santana Gomes (PSL) defendeu o comprometimento, profissionalismo e a responsabilidade dos proprietários da escola em relação à educação, relatando que suas filhas já foram estudantes do colégio. “Sou amigo dos proprietários do Colégio, admiro muito o professor Luciano e a professora Rose, são pessoas apaixonadas pela educação e que tiveram a coragem de investir em educação em um país onde é muito difícil fazer isso”.
Luís Cesar Bueno (PT) ressaltou a importância de um psicólogo na escola, disse que ele pode realizar campanha coletiva e individual de acompanhamento dos distúrbios que o aluno tem na escola. “O psicólogo nas escolas vai garantir a pacificação, vai além daquilo que o educador, orientador vocacional é capaz. O psicólogo nas escolas é capaz de identificar o bullying”, disse.
O deputado Jeferson Rodrigues (PRB) revelou que vai apresentar um projeto obrigando instituições de ensino públicas e privadas a instalem detectores de metais nos locais de entrada dos alunos. “Me coloco no lugar daqueles pais que sofreram suas perdas. Nós não podemos ficar de braços cruzados. Estamos chamando a sociedade para este debate para que nossos filhos não venham mais a enfrentar esta situação”, enfatizou.
O presidente da Casa, José Vitti (PSDB) também manifestou solidariedade aos familiares dos alunos mortos ou baleados e à direção e funcionários da unidade particular de ensino. Vitti pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado no Colégio Goyases.