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CPI da Enel

09 de Abril de 2019 às 17:32
Crédito: Sérgio Rocha
CPI da Enel
CPI da ENEL
Comissão recebe documentação solicitada à Juceg, Procon e à Enel e presidente da CPI, deputado Henrique Arantes, anuncia que já na próxima semana deve ouvir o depoimento do presidente da Enel em Goiás, Abel Rochinha.

Deputado Henrique Arantes (PTB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades no contrato de privatização da Enel, anunciou durante a sessão plenária desta terça-feira, 9, ter recebido a maior parte da documentação requisitada pela Comissão à Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), ao Procon Estadual e à Enel Distribuição Goiás. A Juceg enviou informações sobre o contrato social da Enel, o Procon sobre a quantidade de reclamações recebidas de consumidores contra a companhia por má prestação de serviço e a empresa energética encaminhou documentos complementares sobre investimentos e plano de atuação no Estado de Goiás.

De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito a documentação já começou a ser avaliada. “Os técnicos do TCE e do TCM, que estão à disposição da CPI, já estão dissecando essa documentação, junto com a Procuradoria da Assembleia, e agora a partir das informações que conseguirmos extrair vamos marcar as novas deliberações da CPI”, revelou. Henrique Arantes acrescentou que a Comissão entra agora numa nova fase. “Nós tínhamos suspeitas, a partir de agora com a documentação entregue e avaliada, nós vamos saber o que de fato há de erro e o que de fato era falácia, para podermos focar no que é principal e chegar num consenso para que a Enel invista no Estado”, destacou.

Após ser concluída a análise da documentação, o que deve ocorrer ainda esta semana, a CPI vai retomar os depoimentos. O primeiro a ser ouvido pela Comissão, no dia 21 de março, foi o diretor de Relações Institucionais da Enel, Humberto Eustáquio Correia. De acordo com Henrique Arantes o próximo a prestar depoimento deve ser o presidente da companhia em Goiás, Abel Rochinha. “ Ele precisa esclarecer muitas dúvidas dos membros da CPI. Possivelmente devemos convocá-lo na quinta-feira da semana que vem”, revelou.

Objetivo da CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel foi criada para investigar supostas irregularidades na privatização da Celg (Companhia Energética de Goiás), além da qualidade dos serviços prestados pela sua sucessora, a companhia italiana Enel em Goiás. Antes dela, em 2009, outra CPI já havia sido instaurada, nesta Casa de Leis, para apurar questões relacionadas ao então endividamento da Celg. Os trabalhos dela foram presididos, na ocasião, pelo deputado Helio de Sousa, que na época pertencia ao quadro do Democratas e hoje integra o PSDB.  

Além do presidente, Henrique Arantes, a CPI da Enel é composta pelos deputados Diego Sorgatto (PSDB) e Cairo Salim (Pros), como vice-presidente e relator, respectivamente. Integram igualmente o colegiado, como seus titulares: Alysson Lima (PRB), coautor da proposta juntamente com Henrique Arantes, e Chico KGL (DEM). Já na suplência estão: Rafael Gouveia (DC), Delegado Eduardo Prado (PV), Amilton Filho (SD), Antônio Gomide (PT) e Tião Caroço (PSDB).

Cortes só no meio de semana

Na sessão plenária desta terça-feira o relator da CPI, deputado estadual Cairo Salim (PROS), apresentou requerimento endereçado aos presidentes da Enel Goiás e da Saneamento Goiás (Saneago) em que pede a suspensão de cortes do fornecimento de energia elétrica e de água tratada, por atraso de pagamento, às sextas-feiras, finais de semana, na véspera ou em feriados.

O parlamentar elencou vários argumentos para adotar a iniciativa. “A falta de respeito com o consumidor goiano é muito grande. O pai e a mãe de família que tem sua conta de água ou de energia cortada numa sexta-feira à tarde deixa essas pessoas de pés e mãos atados por até três dias sem esses serviços, porque com a rede bancária e as lotéricas fechadas, o consumidor não tem como pagar a conta. Esses cortes só podem acontecer entre segunda e quinta-feira.

O deputado argumenta ainda que espera pelo bom senso de ambas as empresas para atender sua solicitação. “Vou colocar isso também na CPI da Enel e vamos pressionar esses prestadores de serviços públicos a respeitar mais os consumidores goianos”, concluiu.

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