Foi instituída na Assembleia Legislativa de Goiás a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as obras inacabadas no estado. De propositura do deputado estadual Amauri Ribeiro (PRP), a CPI vai fazer um levantamento com informações dos Tribunais de Contas do Municípios (TCM), do Estado (TCE) e da União (TCU), além da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e do Conselho Regional de Engenharia e de Agronomia de Goiás (CREA-GO) das obras que não foram finalizadas e o motivo pelos quais elas estão paradas.

“Essa é uma das comissões mais importantes da Casa e para o bom andamento, precisamos fazer visitas nos locais junto com engenheiros e assim conseguiremos um resultado melhor. Vamos pedir uma radiografia de quais obras se encontram paralisadas, separá-las por área e também por município. No final, vamos mostrar ao governo do estado uma forma para concluir essas obras paradas” explicou Amauri Ribeiro.

Na tarde desta quinta-feira (30), aconteceu a primeira reunião da comissão em que ficou definido Amauri Ribeiro como presidente, Wagner Neto (Patriotas) vice-presidente e Antônio Gomide (PT) relator. Ainda integram como titulares, os deputados Humberto Teófilo (PSL) e Rubens Marques (PROS). Já os suplentes são os deputados Rafael Gouveia (DC), Alysson Lima (PRB), Cairo Salim (PROS), Paulo Trabalho (PSL) e Zé Carapô (DC).

“Extremamente importante levantar também quanto foi repassado e quanto falta para a conclusão, e assim podermos indagar como pode ser pago esse restante”, justifica Amauri.

Ao apresentar o requerimento para instauração da CPI, o deputado Amauri se baseou no fato de que existem obras financiadas com recursos estaduais paralisadas, o que tem trazido prejuízos aos cofres públicos.  “Obra parada é dinheiro público jogado fora. Não podemos aceitar isso nesse estado e nesse país”, diz o deputado Amauri Ribeiro.

De acordo com o parlamentar, no estado há centenas de obras iniciadas que não têm previsão de conclusão. “É de extrema importância que a população tenha uma dimensão do prejuízo causado. É inaceitável que Goiás apresente este tipo de problema enquanto está com os salários de dezembro dos funcionários atrasados.

Amauri garante que estará presente para que a CPI surta efeito e traga soluções para o estado. “Essa investigação se faz necessária para que possamos saber a extensão do prejuízo aos cofres públicos”, afirma o político do PRP.

Ainda segundo Amauri, se as investigações constatarem que houve, de fato, desvio de dinheiro público, os responsáveis serão punidos. “As obras serão investigadas independente da gestão em que foram iniciadas. A política está mudando e a população não admite mais esse desrespeito que vem acontecendo há alguns anos com o dinheiro público”, enfatiza o parlamentar.

As reuniões da CPI estão agendadas de forma ordinária quinzenalmente as terças, sempre às 10h, podendo ser agendadas reuniões extraordinárias. O próximo encontro acontece no dia 11 de junho.