O deputado estadual Amauri Ribeiro (PRP) comanda um grande encontro, no qual espera reunir mais de 400 produtores, às 10 horas, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), no dia 22 de julho. O evento, que contará também com a presença do governador Ronaldo Caiado (DEM), vai discutir outras ações e estratégias para conter as reduções drásticas de preços impostos aos produtores por parte das indústrias. Além de reivindicar a previsibilidade do preço do litro de leite e antecipação do pagamento do produto.

Para o deputado Amauri, que luta por melhorias para a categoria junto aos governos estadual e federal desde que assumiu o mandato, esse é o momento de os produtores de leite de todo o Brasil se unirem. “Geramos direta e indiretamente milhares de empregos, não estamos pedindo muito, queremos somente condições de sobreviver do nosso trabalho”, afirma o parlamentar, que esteve na atividade leiteira por muito anos.

“O produtor de leite vem sendo desrespeitado de todas as formas possíveis. Não tem cabimento, em plena seca, o preço do leite ter uma queda de 30 centavos, conforme foi anunciado nos últimos dias. Hoje, o produtor de leite lucra com centavos”, afirma Amauri Ribeiro.

O parlamentar explica que sempre lutou por essa causa, pois convive com a produção leiteira desde os 10 anos de idade, quando era peão, até os 20 anos. “Depois, quando tive independência financeira, passei a produzir. Nós vivemos de migalhas há anos. Os laticínios pagam o que sobra. Eles vendem nosso produto, trabalham com ele durante 40 a 50 dias, tiram todo o lucro que consideram suficiente e o que sobra é repassado ao produtor de leite”, desabafa.

O deputado Amauri Ribeiro está liderando nas redes sociais o movimento nacional #Leitenaveia, para cobrar mais respeito e dignidade aos produtores de leite do Brasil. Ele tem recebido vídeos de produtores do país inteiro, indignados com a situação.

Faeg

O presidente da Faeg, deputado federal José Mário Schreiner (DEM), que também participará da reunião no próximo dia 22, informa que, diante dos enormes prejuízos que os produtores de leite estão passando, uma vez que se encontram em pleno período de entressafra com custos elevados, a federação tem executado várias ações visando corrigir essas distorções e as altas instabilidades de preços na cadeia de leite em Goiás. 

“Dentre essas ações, temos uma pauta mínima já apresentada às indústrias, que propõe trabalhar com instrumentos que deem previsibilidade de preços aos produtores e antecipação do prazo de pagamento. Além disso, conseguimos aprovar meu projeto de lei nº 952/2019, que visa fixar um prazo de validade mínima estipulada em 70% do tempo de prateleira para que seja importado o leite de outros países, procurando conter assim as importações desenfreadas que tanto prejudicam nossos produtores goianos e brasileiros”, explica o presidente.