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Notícias dos Gabinetes
Gomide faz alerta quanto a venda de 49% da Saneago: “mesmo caminho da Celg”

08 de Outubro de 2019 às 17:00

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) usou a tribuna da sessão desta terça-feira, 8, para fazer um alerta sobre a situação da Saneago, que está na mira da privatização, conforme anunciado pelo Governo de Goiás.

Gomide aponta incongruências no discurso do governador. “Ronaldo Caiado foi a público anunciar em junho que a Saneago iria investir R$ 1,1 bilhão em 2019 em Goiás. Agora, estamos em outubro e a manchete dos jornais é que 49% das ações da Saneago serão vendidas para a iniciativa privada”, frisou o deputado, que coloca em xeque os investimentos que precisam ser feitos em uma empresa que está na mira da privatização parcial.


O parlamentar compara duas estatais goianas para sustentar a tese de que a Saneago está no mesmo caminho pelo qual passou a Celg, que também foi aberta ao capital privado antes de sua venda total.

Ele destaca o histórico dos posicionamentos de Caiado ao longo das diversas etapas de ações que culminaram na venda da Celg. “Ele foi contra a venda de Cachoeira Dourada, alertou que teria depois de vender a Celg. Ele disse que este era o caminho para dar errado. Só que agora, a Saneago está tomando o mesmo caminho da Celg”, disse Gomide. “Em momento nenhum da campanha do ano passado ele disse que faria isto. Aliás, disse o contrário: que a empresa cumpriria seu papel social”, lembrou.

Gomide elencou uma lista das principais obras que a Saneago tem em aberto em Goiânia, Anápolis e Aparecida e questiona se, com somente 51% das ações, o Governo seria capaz de terminar estes projetos.  “Será que colocando 49% das ações no mercado, o Governo Caiado conseguirá beneficiar as 200 mil pessoas que ele disse que seriam atendidas com o esgoto nas regiões Noroeste e Oeste? Será que o projeto Linhão de Aparecida envolvendo a ligação com a Bacia do João Leite vai acontecer? Será que em Anápolis, a Saneago vai conseguir cumprir seu papel social e terminar a expansão da captação do Piancó I e II, ou a implantação do novo módulo da ETA, ou fazer a construção de Centros de Reservação”, questionou o parlamentar.

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