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Henrique Arantes entra na luta em defesa de pit-dogs de Goiânia
Os pit-dogs goianienses vão contar com mais um soldado para enfrentar a ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual que quer revogar todas concessões atuais e abrir processo licitatório para outras concessões. Mas agora os representantes do segmento receberam apoio do deputado Henrique Arantes (MDB), que levantou a bandeira em defesa dos pit dogs, os quais considera serem patrimônio histórico e cultural do Estado.
A convite do deputado Henrique Arantes, o presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit-Dogs de Goiânia (Sindipit-dog), Ademildo Godoy, esteve presente nesta quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa de Goiás, para buscar apoio do Parlamento em relação às propostas da categoria contra a ação do MP. Eles tiveram uma conversa longa juntamente com outros empresários que acompanharam a reunião, onde Henrique Arantes passou orientações importantes para que tenham sucesso com o amparo da lei.
No plenário, o parlamentar avisou que vai defender com “unhas e dentes” a permanência dos pit-dogs e criticou a forma “abrupta” com a qual a categoria está sendo tratada. “Se houver a necessidade de regularização que se regularize, que seja proposta uma anistia. Mas isso tem que ser feito com diálogo e bom senso”, abrandou Arantes, que acredita ser possível tratar do assunto com a importância necessária para resolver o que está em xeque para tantas famílias.
O presidente do sindicato mencionou preocupação inclusive para a economia regional. “Estão nos colocando em insegurança e instabilidade, causando prejuízos para mais de 1,6 mil empresários e 10 mil empregados diretos, além de toda a cadeia de fornecedores. Entendemos que com a força do Legislativo, que é o Poder mais próximo da sociedade, teremos um apoio muito forte com quem contar”, avaliou o presidente da categoria.
Apreensão
Existe uma apreensão constante entre os comerciantes. Segundo o empresário Júlio César, a situação tornou-se até mesmo “constrangedora”. Ele contou que um grande número de estabelecimentos está em atividade desde 1986, antes mesmo da atual Constituição Federal ser formulada. “E agora chega uma pessoa e simplesmente diz que estamos fazendo coisa errada? Nós pagamos nossos impostos, obtemos o alvará do Corpo de Bombeiro, a licença da Vigilância Sanitária, as taxas de licença da via pública. Todas minhas obrigações tributárias exigidas pelo município já estão pagas este ano”, disse.
“Pra nós é devastador”, disse o diretor administrativo do Sindipit-dog, Jefferson Porto Araújo. Proprietário de uma das maiores redes de pit-dog de Goiânia – com unidades até nos grandes shoppings da região Metropolitana –, ele diz que o impacto na economia da cidade pode ser maior do que se imagina. Segundo ele, é injusto que o Ministério Público proponha se apropriar de pontos que foram construídos pelos próprios empresários e fazer disso objeto de licitação. “Conheço famílias que montaram seu pit-dog, do nada, há 47 anos e ainda estão em atividade regularmente”, relatou.
Próximos passos
Para tratar do assunto com mais cuidado, o deputado Henrique Arantes propôs dialogar diretamente com o prefeito Iris Rezende (MDB), com quem tem boa relação e compartilham da mesma legenda partidária. Arantes é o líder emedebista na Assembleia Legislativa e acredita que o chefe do Executivo municipal saberá ouvir as propostas dos empresários. Em breve, uma nova reunião no Paço será marcada para tratar exclusivamente sobre o assunto.
O sindicato já tem formulado uma minuta de projeto de lei, pronta para ser entregue ao prefeito, na qual a categoria reivindica alguns direitos, como a proibição de processo licitatório, exceto que haja indenização pelo que investiram. E em caso de regulamentação, uma vez que concordem com os termos, o documento exige que se dê prazos para adequações.