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Notícias dos Gabinetes
Frei Valdair homenageia as mulheres nas comemorações do 8 de março

07 de Março de 2008 às 12:29
Mais do que comemorar a data, o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia lembra que o dia Internacional da Mulher é um momento de reflexão sobre as desigualdades impostas à elas e sobre o dever de toda a sociedade reconhecer o seu valor
O 8 de março é um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher.A idéia da existência de um dia internacional dedicado à elas foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários. Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher serviram de estopim para a Revolução russa de 1917. Depois da Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo num dia oficial que, durante o período soviético permaneceu numa celebração da "heróica mulher trabalhadora". No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado nas décadas de 1910 e 1920, mas só em 1975 a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher. As mulheres ao longo dos tempos nos dão exemplos de garra, determinação, dedicação, perseverança e força.Falar sobre o dia Internacional da Mulher é o mesmo que prestar homenagens a essas guerreiras. É um verdadeiro resgate da própria história. Eu de público reconheço e exalto o seu importante papel na sociedade e acredito em mudanças. Haverá um tempo em que as mulheres não inspirarão mais comissões e datas especiais para tratar de suas dificuldades, quando o ideal de igualdade absoluta seja cotidiana realidade. Haverá um tempo em que elas não serão mais discriminadas com menor salário, menor espaço social, quando não precisarem mais de cotas para garantir o espaço político, social e econômico.  Haverá, sim, um tempo em que todas terão direito à dignidade de assistência adequada à saúde, quando, por falta de acompanhamento ou prevenção, tantas mulheres não mais morrerão no parto, no pós-parto, na gravidez prematura, em conseqüência do aborto clandestino, ou do câncer não diagnosticado a tempo de cura. Um tempo em que as mulheres não serão mais espancadas, violentadas, agredidas física e moralmente por companheiros e maridos e quando todos reconhecerem que a pacífica rebelião delas tem um sentido maior: fazer o mundo melhor – mais justo e mais igualitário. Segundo dados do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos – as mulheres correspondem a 41% da População Economicamente Ativa do Brasil e mais de um quarto das famílias são chefiadas por elas. Pela pesquisa, as mulheres possuem maior nível de escolaridade que os homens, porém não ocupam funções compatíveis com sua formação, além de ter remuneração menor se comparada ao sexo oposto. Hoje, sem sombra de dúvidas, a data é mais que um simples dia de comemoração ou de lembranças. É, na verdade, uma inegável oportunidade para o mergulho consciente nas mais profundas reflexões sobre a situação da mulher: sobre seu presente concreto, seus sonhos, seu futuro real.  É dia para pensar, repensar e organizar as mudanças em benefício da mulher e, conseqüentemente, de toda a sociedade. Os outros 364 dias do ano são, certamente, para realizá-las. 

 

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