Notícias dos Gabinetes
Frei Valdair em defesa do Meio Ambiente
Hoje o planeta celebra o Dia Mundial do Meio-Ambiente e da Ecologia. A data foi criada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 1972, para marcar a abertura da 1a Conferência Mundial de Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia.Mais do que nunca o desenvolvimento sustentável, a biodiversidade, o efeito estufa, o aumento do buraco na camada de ozônio, o aquecimento global, os terremotos como os registrados na China e até no Brasil e o derretimento de geleiras nos pólos são temas de debates, protestos e modestas ações por todo o mundo. A importância desse dia tem precedentes. O meio-ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação global já nos idos do século passado. Porém, foi ainda no século dezenove que um biólogo alemão, Ernst Haeckel criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio-ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia. O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado hoje com paradas cívicas, concertos, competições, plantios de árvores e até mesmo lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades.As Organizações Não Governamentais aproveitam a data para levar à opinião pública um “grito de socorro” ao planeta.No 5 de junho, chefes de estado, secretários e ministros do meio-ambiente fazem declarações e se comprometem a tomar conta da Terra. As mais convincentes promessas têm sido feitas, mas pouco se realiza no sentido de se estabelecer estruturas governamentais permanentes para lidar com o gerenciamento ambiental visando conquistar a sustentabilidade definitiva do planeta. Em 1992, a segunda Conferência Mundial para o Meio-Ambiente e Desenvolvimento – a ECO 92 - teve como um de seus resultados a formulação de documentos e cartas. Porém, muitos dos termos desses documentos ainda não foram colocados em prática. Isso por tratarem de questões que estabelecem mudanças no comportamento dos países em relação ao meio-ambiente. Nascida da ECO 92,a Agenda 21 por exemplo, é considerada como o resultado mais importante da Conferência. Documento assinado por 179 países, é um texto chave com as estratégias que devem ser adotadas para a sustentabilidade. Já adotada em diversas cidades por todo o mundo, inclusive através de parcerias e de intercâmbio de informações entre municipalidades, esse compromisso se desenrola no âmbito da cooperação e do compromisso de governos locais. Leva em conta, principalmente, as especificidades e as características particulares de cada localidade, de cada cidade, para planejar o que deve ser desenvolvimento sustentável em cada uma delas. O Brasil, sozinho, detém 10% de toda a biodiversidade mundial. É também o país com maior número de espécies de plantas conhecidas: 55 mil. Nosso país está em 3º lugar entre os países com maior cobertura florestal, mesmo já tendo perdido dois quintos de suas florestas. Ocupa ainda a 6ª posição no ranking dos países que possuem mais espécies ameaçadas, entre 151 países estudados. Diante de um cenário assustador como este algumas iniciativas corajosas e isoladas nos dão a certeza de que ainda é possível sim salvar nosso planeta. Basta que deixemos os discursos de lado e partamos para ações concretas. O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias –INPEV - é um desses exemplos que merece nossos mais sinceros reconhecimentos. A entidade fundada em dezembro de 2001 foi criada para gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos que são jogadas no meio ambiente. Só no mês de maio o INPEV recolheu e deu destinação a mais de 135 mil embalagens de produtos agrotóxicos em Goiás. Dentre as ações parlamentares desenvolvidas por nós, apresentamos no final do ano passado um Projeto de Lei na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, propondo a instituição de uma Política Estadual de Educação Ambiental e a criação da Semana Educativa do Meio Ambiente.
Temos que nos convencer a aceitar os sinais das mudanças no clima e elaborar um plano para solucionar imediatamente os problemas. Celebraremos o milagre da Vida, a beleza da Natureza, e ao mesmo tempo enxerguemos com os olhos d’alma os riscos à própria sobrevivência do ser humano se o ambiente continuar a ser degradado, poluído, desrespeitado, visto como obstáculo aos nossos desejos.
Dep. Frei ValdairPres. Comissão Educação – AL