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A UEG será pauta constante dentro da Assembleia”, diz Gomide em audiência pública
O deputado estadual Antônio Gomide (PT) coordenou audiência pública em Defesa da Universidade Estadual de Goiás (UEG) com docentes, discentes, coordenadores, servidores e companheiros que representam a instituição. O evento foi realizado na tarde desta segunda-feira, 27, na Assembleia Legislativa de Goiás, e contou com a presença de representantes de 16 campi.
Antônio Gomide apontou que a audiência pública se trata de um primeiro passo para que a Assembleia Legislativa seja um instrumento de melhoria da universidade pública e de qualidade em Goiás. Por isso, propôs a abertura da Frente Parlamentar em Defesa da UEG, justamente para que seja uma ponte entre as demandas dos docentes e discentes e o Poder Público de forma permanente.
“A UEG será pauta constante dentro da Assembleia, pois é dessa forma que iremos sensibilizar o Governo, melhorar o orçamento da UEG dentro daquele que vamos aprovar no final do ano. Nosso intuito é ouvir e fazer um diagnóstico”, salientou o deputado estadual.
O deputado Mauro Rubem (PT) apontou que não existe desenvolvimento em Goiás sem que a UEG seja de fato respeitada, que possa realizar ciência. “Que a universidade possa fazer toda a produção científica e ajudar o desenvolvimento intelectual da principal capacidade de transformação da humanidade”, diz.
O coordenador da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo Moreira, destacou que há problemas fundamentais: o acesso ilimitado, acesso a pedido do docente ao regime de trabalho integral de docência e pesquisa. Segundo ele, não é possível fazer pesquisa, nem conquistar financiamento externo, sem que haja pesquisadores dedicados exclusivamente à universidade.
“São quase 300 docentes querendo se dedicar à universidade e o Governo simplesmente finge que não vê. Temos progressões e promoções represadas, temos plano de cargos e salários defasado. Um exemplo disso é um quadro que limita o número de mestres e doutores na universidade. Temos defasagem de 35,5% salarial e, desde 2020, com estatuto imposto que reduziu o tamanho da universidade. É por isso que os professores estão assoberbados de trabalhos. Não temos técnicos suficientes”, elenca Marcelo Moreira.
A coordenadora da unidade Jundiaí, da UEG de Anápolis, Kesia Rodrigues, destacou a importância de uma audiência pública sobre a defesa da universidade, sobretudo por ser uma ponte entre as demandas da instituição e o poder público.
“Quero deixar bem claro que onde chegamos foi com o suor do rosto dos professores, técnicos e estudantes. Queremos que qualquer mudança que seja feita na UEG, seja feita a partir da base. Temos mentes maravilhosas na universidade, que é riquíssima em capital humano, e temos potencial para construir nossa própria reforma. É isso que queremos discutir, da base para o topo”, reforçou.
Ao todo, representantes de 16 campi presentes na audiência pública levaram demandas para que os deputados que compõe a Frente Parlamentar em Defesa da UEG atuem em prol da instituição.