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Sirenes das escolas de Goiás podem ser substituídas por músicas ou alertas mais suaves
Cada vez mais sendo destaque nos debates públicos, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que abarca dois milhões de brasileiros. As pessoas com TEA têm dificuldades específicas para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões e compreender gestos comunicativos. Dentro do tema, uma das principais preocupações está no pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes diagnosticadas com autismo.
Nessa última terça-feira (9), foi apresentado, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), um projeto de autoria do deputado Amilton Filho (MDB), que propõe a substituição das sirenes escolares por músicas ou efeitos sonoros suaves.
"Essa medida dá atenção às necessidades das crianças e adolescentes com esse tipo de transtorno", destaca Amilton. "As sirenes, bipes e demais alertas sonoros indicativos de eventos no ambiente escolar podem provocar crises severas em estudantes", completa Amilton.
Discutido antecipadamente com especialistas, o projeto é visto com entusiasmo por especialistas na Secretaria Estadual de Educação (SEDUC). "A educação pública goiana possui cerca de três mil alunos diagnosticados em algum dos níveis de autismo", relata o superintendente de Atenção Especializada, Rupert Sorinho. "Esse projeto certamente será um avanço para uma educação inclusiva", disse. A propositura do Amilton Filho segue para as comissões e votação posterior em plenário na Casa.