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“Respeito às mulheres precisa ser garantido”, afirma Bia de Lima na 1° reunião da Frente Intermunicipal Pelo Fim da Violência Política de Gênero
A deputada estadual Bia de Lima (PT) participou, na manhã desta segunda-feira, 28, da 1ª Reunião da Frente Intermunicipal Pelo Fim da Violência Política de Gênero, realizada na Assembleia Legislativa de Goiás.
Na ocasião, Bia destacou a dificuldade de acesso das mulheres ao mundo político, bem como a falta de espaço. “Nós vamos chegando, vamos ocupando e vamos mostrando que não existe doação de espaço. Na política você tem que, muitas vezes, conquistar aquele espaço, mas, para chegar a conquistar uma vaga em uma Câmara Municipal, como prefeita, deputada estadual, deputada federal, nós precisamos ter o dobro de trabalho”, afirmou a parlamentar.
A deputada ressaltou ainda que a luta pela participação feminina na política é constante. Segundo ela, não deixará de apoiar iniciativas para que isso seja garantido. “Sempre que a gente puder discutir, construir possibilidades inovadoras, construir mecanismos de alavancar outras mulheres, nós faremos. Muitos partidos vão atrás de mulheres simplesmente para preencher a cota e não para garantir a elas condições reais e concretas, para que tenhamos êxito na disputa. Nós estamos brigando muito para que as mulheres cheguem aos partidos políticos, participem das decisões das legendas, discutam pautas, organizem sua base, façam o enfrentamento e, principalmente, tendo respeito a cada uma de nós sendo garantido”, detalhou Bia.
O evento, de iniciativa da vereadora Aava Santiago, teve orientação jurídica de Marcela Iossi, coordenadora do Observatório da Mulher da UniAraguaia, da também deputada Rosângela Rezende, da prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly, da vereadora da cidade de Goiás, Elenizia da Mata de Jesus, da representante da Procuradoria da Mulher da Alego, Cristina Lopes, e de outras autoridades.
Segundo Aava Santiago, a ideia da reunião de trabalho é compartilhar relatos de violências já identificadas no âmbito da política municipal e estadual, oferecer apoio jurídico para o enfrentamento à violência de gênero, além de difundir boas práticas legislativas e ações para aprimorar os mandatos no que tange à pauta de defesa das mulheres.
“Quando a gente decide colocar a nossa cara na urna, nós já passamos por tantas coisas e outras tantas companheiras ficaram pelo caminho. A ideia de uma reunião de trabalho para pensar táticas para que isso não aconteça é muito interessante. O número de deputadas desta Legislatura representa 10% dos parlamentares, mas já é o dobro da última Legislatura e isso mostra o quanto esse quadro é discrepante, mas já conseguimos multiplicar e temos esperança, além de fôlego na caminhada”, afirmou a vereadora.