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Amauri Ribeiro é aplaudido por mais de 220 prefeitos durante evento na Alego
Na última quarta-feira, 13, a Assembleia Legislativa de Goiás recepcionou mais de 220 prefeitos dos municípios goianos. O encontro recebeu o nome de “Dia Estadual de Protesto pela Autonomia Financeira dos Municípios” e contou com a participação do presidente da Alego, deputado estadual Bruno Peixoto (UB), do governador Ronaldo Caiado (UB), da primeira-dama Gracinha Caiado, de deputados estaduais, do presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Carlão da Fox (UB), do presidente da Federação Goiana de Municípios, Haroldo Naves (MDB), entre tantas outras autoridades.
A iniciativa foi liderada pela Federação Goiana de Municípios (FGM) e Associação Goiana de Municípios (AGM). O presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (UB), destacou preocupações fundamentais relacionadas à crise financeira que afeta os municípios goianos e destacou a importância de se adotarem medidas concretas para aliviar a situação das prefeituras diante da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Um destaque do evento foram as vaias direcionadas à deputada estadual Bia de Lima (PT). Assim que começou o seu discurso e citou o nome do presidente Lula, o público presente, de forma praticamente unânime, vaiou a deputada do PT. Em outro momento, quando disse que a falta de recursos dos municípios era uma culpa do ex-presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez ela foi vaiada. As vaias só tiveram fim quando o governador Ronaldo Caiado pediu para que o público presente deixasse a deputada terminar o seu discurso.
O oposto aconteceu quando o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) fez uso da palavra e foi aplaudido pelos mais de 220 prefeitos que estavam presentes. Amauri Ribeiro destacou o tempo em que foi prefeito de Piracanjuba (2012-2016), em outra gestão do governo Lula. Segundo ele, os mesmos problemas e aflições de hoje já eram vividos naquela época, “e é isso que ele (Lula) quer fazer, arrebentar com os municípios, para que nós vivamos com o pires na mão, pedindo esmola”. Ainda em seu discurso, Amauri Ribeiro direcionou sua fala à deputada do PT, Bia de Lima, quando afirmou que a mesma deveria ter vergonha de falar em democracia. “Nós estamos vivendo a maior ditadura que esse País já viu, estão roubando o dinheiro dos estados e dos municípios".
Encerrando sua fala, Amauri Ribeiro fez o compromisso de estar junto com os outros deputados estaduais, em Brasília, ao lado dos prefeitos, reivindicando melhorias. “Só vamos sair de lá quando tiver uma melhoria real na nossa arrecadação, compromisso real e imediato”.
O governador Ronaldo Caiado reconheceu a dificuldade que os municípios estão passando: “Chegou um ponto que os entes subfederados não conseguem mais sobreviver diante daquilo que é demanda e diante daquilo que é o repasse.” Encerrou sua fala ressaltando a parceria do governo estadual com os municípios.
Manifestação é um pedido de socorro dos prefeitos
Alvorada do Norte
A prefeita Iolanda Holiceni Moreira dos Santos (UB) disse que o seu município tem quase nove mil habitantes, mas recebe o mesmo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de uma cidade de dois mil habitantes e, por consequência, já surgem muitas dificuldades, já que aumentaram o salário do professor em 48% e a arrecadação diminuiu muito, por isso estão até com dificuldade para pagar a folha de pagamento.
Ipameri
O prefeito Jânio Pacheco (Podemos) falou em buscar uma solução para os municípios. “O repasse está tão pequeno que está criando uma dificuldade na nossa folha de pagamento. Muitos prefeitos estão demitindo, mas em Ipameri optamos por reduzir o horário de funcionamento da prefeitura para diminuir a despesa com veículos e outras coisas. A intenção é cortar gastos e fechar a conta”, reclamou.
Jaraguá
O prefeito Paulo Vitor Avelar (UB) ressaltou a participação da maioria dos prefeitos dos municípios goianos para discutir a questão do baixo repasse dos fundos. Ele disse que ficou sensibilizado com a união de todos os prefeitos municipais. "Estamos aqui com adesão de quase 90% dos prefeitos goianos e, por isso mesmo, temos fé que dessa união vão surgir bons resultados que possam atender a população que sofre com isso. Infelizmente, quem está no município - o prefeito e o vereador - são as pessoas que precisam saber ouvir, porque o problema não chega até o governador e o presidente da República.”
Edealina
A prefeita Dolores Cristina Leandro (UB) destaca que municípios menores sentem mais os efeitos negativos da redução dos repasses. “A maior parte do recurso que temos é do governo federal. Então sentimos muito. Nós, que somos prefeitos e estamos na lida direta com a população, com a comunidade, sabemos da responsabilidade em se manter um hospital, manter a creche funcionando, manter as estradas, entre outras responsabilidades. Se a situação se mantiver, provavelmente teremos que reduzir funcionários.
Bonfinópolis
O prefeito Kelton Pinheiro (Cidadania) se manifestou ressaltando a importância desse encontro. Segundo ele, manifestações pacíficas e ordeiras trazem resultados. “É um movimento feito pela grande e absoluta maioria dos municípios do Estado para sermos ouvidos pelo Governo de Goiás e pelo governo federal. Pinheiro destacou que no país inteiro se fala em queda de receita devido ao percentual relativamente pequeno (do FPM), somado ao déficit ocasionado pela inflação e ao aumento do salário mínimo e pisos salariais.
"Tudo isso causa um impacto muito significativo, principalmente nos municípios pequenos. Por isso, os governos estadual e federal precisam ser sensíveis a nossa situação, pois isso ajudaria todos os prefeitos a fechar as contas e contribuir com o crescimento do Estado e do País. A nossa população merece um tratamento mais digno”, proclamou o prefeito.
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