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Com voto contrário do deputado Mauro Rubem e bancada petista, Alego aprova privatização da Celgpar
O deputado Mauro Rubem (PT) e demais deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores votaram contrários ao projeto n. 241/23, da Governadoria, que promove a desestatização da Celg Participações (CelgPAR). O projeto foi aprovado, em segunda votação, nessa quinta, 21, com 25 votos favoráveis e 6 contrários e segue para sanção do governador.
Além do deputado Mauro, Bia de Lima (PT), Antônio Gomide (PT) e demais deputados de oposição, Delegado Eduardo Prado (PL), Major Araújo (PL) e José Machado (PSDB) também votaram contrários ao projeto privatista.
Durante a primeira sessão plenária que deliberou sobre o assunto, na quarta, 20, o deputado Mauro Rubem recuperou um vídeo, de uma manifestação de sindicalistas e de partidos de esquerda, ocorrida em 12 de novembro de 2015, em que o então senador Ronaldo Caiado (DEM), em campanha para o cargo de governador do Estado, criticava a privatização da CELG proposta pelo governo de Marconi Perilo.
No vídeo, Caiado disse “Aqui já se negociou a Celg, cê já cata ela enxutinha, e Goiás e nós goianos ficamos com todo o passivo da Celg, mais energia aumentando e os trabalhadores sem saber o que vai acontecer com vocês”.
Após a reprodução do vídeo, durante a sessão plenária, Mauro Rubem falou que “Agora, ele faz exatamente o mesmo que Marconi: entregar o patrimônio do povo goiano para a iniciativa privada. O motivo da venda da empresa é cobrir rombos de contas que ele mesmo estourou. Caiado está traindo o povo de Goiás, assim como fizeram governos anteriores”, salientou.
Mauro Rubem apresentou um projeto de lei que obriga a realização de um plebiscito para saber se a população é a favor ou contra a proposição e demais proposições que tenham por objetivo estatizar o patrimônio do povo.
“Caiado quer vender o patrimônio público dos goianos para pagar o projeto fura-teto do governador, quando os servidores do alto-escalão irão receber verbas indenizatórias que farão com que os salários deles ultrapassem o teto constitucional”. Projeto semelhante a esse, também de Goiás, foi negado pelo Supremo, há menos de dois meses.
Durante a segunda sessão ordinária, nesta quinta, 21, que aprovou a desestatização da Celgpar, o deputado Mauro disse que Caiado virou as costas para o povo goiano e que votou contrariamente ao projeto “pela manutenção do patrimônio público, pelo interesse do povo de Goiás, pela geração futura de novas possibilidades (energia limpa)”.
O argumento oficial em favor da privatização é de que a desestatização da Celgpar resultará em melhorias na infraestrutura e na transmissão de energia elétrica, além de benefícios financeiros ao Estado de Goiás, com a redução da dívida pública e contribuição para a reestruturação econômica e para a possibilidade de concentração dos recursos da administração pública em áreas prioritárias, como educação e saúde.
Mauro rebateu os argumentos dizendo que o que vai sobrar para o consumidor é “um serviço caro e de péssima qualidade a exemplo da Enel e Equatorial” e disse ainda que “a privatização de empresas estratégicas compromete o desenvolvimento e a economia do estado, todos perdem”, finalizou.