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“Sou a favor da CPI”, diz Bia de Lima sobre debate da energia elétrica em Goiás
A deputada Bia de Lima (PT) se declarou favorável à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Equatorial, empresa de concessão e distribuição de energia elétrica. Segundo ela, é impossível “o problema continuar caindo na conta do consumidor”, criticando a falta de qualidade no fornecimento de energia elétrica no Estado.
A fala da deputada se deu na tarde dessa segunda-feira, 2, logo após uma audiência entre os parlamentares e o CEO da Equatorial, Lener Jayme. Na ocasião, os deputados e prefeitos de alguns municípios apresentaram as reivindicações pertinentes à companhia, já que, segundo eles, a empresa enfrenta diversos desafios em Goiás, como a rede elétrica antiga, a aproximação do período chuvoso, entre outros.
Durante o encontro, ficou definido que a Equatorial tem 15 dias de prazo para encaminhar à Alego o que tem sido feito pela empresa para regularizar o fornecimento de energia no Estado. Nesse período, também será realizada uma audiência pública sobre o assunto, coordenada pelas Comissões de Educação, Defesa dos Direitos do Consumidor e de Minas e Energia da Casa. Caso o acordo não seja cumprido, a CPI deve ser instalada.
“Estamos buscando consenso de uma data para a realização da audiência pública, mas, pela urgência da pauta, as comissões vão se juntar para que seja possível dar respostas mais rápidas para a sociedade. Todos os deputados estão debatendo o assunto, a reunião foi produtiva e pensamos que pode haver avanços, para sanar todas as demandas nessa questão da energia elétrica”, afirmou Bia de Lima.
“A situação está muito difícil. É o pequeno produtor que perde seus produtos, um problema que se agrava com a chegada das chuvas, todo mundo fazendo economia para comprar gerador, uma situação muito complicada. Em algumas escolas, em Águas Lindas, por exemplo, toda a estrutura está pronta, com ar-condicionado e, no entanto, os alunos estão sofrendo com o calor porque não tem um poste para o fornecimento de energia. E isso acontece em outros municípios também”, completou a deputada.
O presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto, concorda com a CPI, caso a Equatorial não dê retorno à população goiana. Segundo ele, "a população não suporta mais as quedas de energia, é um descaso com o consumidor".
"Questionamos o fato de vários colégios estaduais e outros privados, que possuem ar-condicionado, mas não possuem capacidade para a rede. Queremos respostas para todas essas questões", concluiu.