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Bia de Lima aciona Presidência da Alego por posicionamento contra violência política de gênero
A deputada Bia de Lima (PT), durante o uso da tribuna, no Pequeno Expediente, desta quarta-feira, 11, cobrou providências da Presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em relação às violências que vem sofrendo, em decorrência de ataques de outro parlamentar da Casa.
“Solicitei formalmente à Mesa Diretora que sejam tomadas providências para que o Regimento Interno seja cumprido e possa barrar os constantes ataques que venho sofrendo aqui. Não é possível encontrar no Regimento nada que ampare o que eu estou vivendo aqui. Estou tomando todas as medidas que me cabem e não aceitarei nenhuma forma de desrespeito”, afirmou a deputada.
“Tenho sido atacada com palavras de baixo calão, e essas grosserias não enobrecem essa Casa. Eu não lutei, o quanto eu lutei, para chegar até aqui, para passar por isso. O direito de cada um de ter o seu pensamento é legítimo. Como defensora da democracia que sou, não tenho problema algum com críticas, mas violência política de gênero não é aceitável”, reforça ela.
Ataques frequentes
Em seu discurso, Bia de Lima expressou seu respeito pelo presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), e fez apelo veemente ao líder da Casa. Como vem sendo divulgado, Bia reforçou que, desde o ingresso dela na Assembleia, tem sido alvo de ataques com palavras de baixo calão e grosserias por parte de alguns dos colegas.
A deputada enfatizou que divergências de opinião são naturais na democracia, mas ataques pessoais e desrespeito não são aceitáveis em um ambiente Legislativo. A petista também expressou sua preocupação com a forma como o Partido dos Trabalhadores tem sido tratado na Assembleia, o que estaria causando constrangimentos.
“Fui vereadora em Jataí por dois mandatos e sempre tive divergências com os meus colegas. Não há problema nisso. Mas venho sendo atacada frontalmente. A forma grosseira e estúpida como venho sendo tratada é ruim para o Parlamento de forma geral”, pontouou.
A parlamentar, que já encaminhou uma representação sobre o caso ao Ministério Público Federal (MPF), também anunciou medidas legais, incluindo denúncias na Procuradoria da Mulher e na Comissão de Ética da Casa.