Ícone alego digital Ícone alego digital

Notícias dos Gabinetes
Rosângela Rezende preside Audiência Pública pela reativação do Fórum Goiano de Mudanças Climáticas

17 de Outubro de 2023 às 17:54
Rosângela Rezende preside Audiência Pública pela reativação do Fórum Goiano de Mudanças Climáticas

Na tarde da última segunda-feira, 16, a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa realizou, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), uma Audiência Pública para tratar da reativação do Fórum Goiano Mudanças Climáticas. Na mesa, estavam a presidente da Comissão, a deputada Rosângela Rezende (AGIR), o também membro, deputado Antônio Gomide (PT), o subsecretário de Planejamento, Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Estado, José Bento da Rocha, o gerente de Mudanças Climáticas, Milvo Gabriel, e o professor da Universidade de Brasília e especialista em bacias hidrográficas, Henrique Leite.

Com ampla participação de diversos setores da sociedade, empresas privadas, acadêmicos, associações e entidades governamentais, estiveram presentes representantes da Prefeitura de Goiânia, do Sistema OCB/GO, da Saneago, da Secretaria de Educação, da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, da Universidade Federal de Goiás, da Adial Goiás, da Associação Goiana de Municípios, da Secretaria de Saúde, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, da FIEG, da Unifimes, do Ministério Público e da Emater.

O Fórum foi criado em 2016 pelo Decreto Nº 8.652, com o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade goiana a respeito das mudanças climáticas, bem como da preservação e conservação dos recursos naturais, com a finalidade de subsidiar a elaboração e implementação de políticas públicas relacionadas aos temas. Entretanto, desde a primeira reunião, que ocorreu no dia 25 de setembro de 2017, o Fórum não teve mais encontros e está inativo há 6 anos.

Diante das discussões a respeito das questões climáticas e ambientais, que são pauta mundial, e dos efeitos práticos das variações do clima que recentemente provocaram uma forte onda de calor em todo o Brasil, a ideia da reativação do Fórum se mostrou cada vez mais urgente e necessária.

“Nós precisamos discutir as mudanças climáticas com um olhar mais ampliado, pensando também no impacto social e econômico que essas consequências terão na sociedade, principalmente no estado de Goiás, onde o setor agropecuarista precisa se organizar para mitigar esses efeitos ao custo da sua sobrevivência”, destacou a deputada Rosângela Rezende, em defesa da importância de inserir os produtores rurais nesse debate.

Valorização e vulnerabilidades

Para emplacar estratégias de mitigação, é necessário investimento e parte disso vem com a valorização do bioma. O subsecretário de Planejamento, Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, José Bento da Rocha, defendeu na Audiência que parte dos esforços que serão realizados a partir da reativação do Fórum precisam ter foco na educação ambiental para promoção da valorização do Cerrado.

“Até pouco tempo não se dava valor para o Cerrado, nem para produtividade e nem para preservação. É muito fácil falar para o Brasil todo sobre a preservação da Amazônia, mas fazer as pessoas entenderem o papel do Cerrado em sua totalidade, na questão hídrica, na biodiversidade, é mais difícil, e é por esse caminho que precisamos começar”, pontuou o subsecretário em sua fala.

Investir em estudos, pesquisas e consultas que evidenciem as vulnerabilidades do estado no combate às mudanças climáticas também é um fator determinante para descarbonizar a economia goiana até 2050. Nesse sentido, a Audiência pela reativação do Fórum serviu como um pontapé inicial, dando voz aos presentes em suas mais diversas demandas, que vão dos aspectos práticos, aos administrativos e jurídicos da implementação de ações.

O professor Henrique Leite, coordenador do Laboratório de Manejo de Bacias Hidrográficas da UnB, ministrou uma apresentação com dados importantes sobre a relação direta entre a questão hídrica e as mudanças climáticas no estado. Os principais temas abordados foram a estimativa das variabilidades climáticas, os impactos das mudanças no clima, segurança hídrica e estratégias de adaptação voltadas para a configuração populacional.

Estratégias para o futuro

As apostas principais do governo do estado estão baseadas nos conceitos de adaptação, que concentra ações voltadas para lidar com os efeitos climáticos que não podem mais ser revertidos, e mitigação, ou seja, projetos direcionados para refrear as consequências futuras. Segundo o gerente de Mudanças Climáticas da Semad, Milvo Gabriel, as ameaças mais notáveis da mudança do clima em Goiás são direcionadas à agroindústria, em efeitos que diminuem o rendimento agrícola, com risco de insegurança alimentar, o que afetará de maneira mais severa as populações em situação de vulnerabilidade social.

Para combater esses efeitos, a Semad vem assumindo alguns compromissos importantes, como a Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050, que visa promover o net-zero por meio de uma matriz produtiva que seja ambientalmente limpa e economicamente competitiva no mercado nacional e internacional. Além disso, o estado também entrou no Consórcio Brasil Verde, um acordo de intenções com outros 17 estados brasileiros para a adoção de medidas que levem o Brasil ao cumprimento dos compromissos assumidos na Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e no Protocolo de Kyoto.

O Fórum promete ser um canal para que essas iniciativas sejam cada vez mais implementadas. Entre as estratégias de mitigação mais modernas está, por exemplo, a negociação de créditos de carbono. No Brasil, em junho deste ano, o Tocantins saiu na frente e tornou-se o primeiro estado brasileiro a negociar créditos de carbono no mercado internacional. Essas negociações são fundamentais para alicerçar um projeto viável de desenvolvimento sustentável.

De acordo com o gerente da Semad, o estado tem plenas condições de adotar a medida e alcançar o resto do mundo nas estratégias mais modernas de mitigação. “O Fórum é uma ferramenta fundamental para que nós consigamos viabilidade, a fim de estimular a regulamentação do mercado de crédito de carbono em Goiás em termos, também, de jurisdição e legislação”, explicou em defesa da medida.

Gabinete Dep. Rosângela Rezende Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.