O deputado Mauro Rubem (PT) afirmou que foi necessário que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) “entrasse em campo para barrar o posicionamento do governador Ronaldo Caiado (UB), que pressionou o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ) exigindo o impeachement de um desembargador que fez críticas à Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO)”.

Poucos dias após a fala do governador do Estado de Goiás,  o TJGO afastou o desembargador Adriano Linhares Carvalho do cargo, cautelarmente, em uma votação de 18 x 4, na segunda-feira, 6 de novembro, após ele afirmar, pontualmente, dentro de um contexto de críticas ao excesso de violações cometidas por agentes de segurança, afirmado que “a PMGO deveria acabar”.

Rubem considerou o afastamento prematuro, “apressado e sem consistência, tanto é que durou pouco e o CNJ já decidiu devolver o cargo ao Dr. Adriano”. O Corregedor Nacional de Justiça do (CNJ), ministro Luís Felipe Salomão, em sua decisão liminar, afirmou não haver elementos suficientes para manter o magistrado afastado do cargo.

Rubem concluiu dizendo que reconhece o importantíssimo trabalho das forças de segurança e que os agentes precisam ser valorizados, mas que Caiado não admite os graves problemas que existem dentro da Polícia Militar de Goiás, que fazem com que ela seja uma das mais letais do Brasil. “Caiado não aceita críticas de ninguém, mas seu ímpeto perseguidor não irá prosperar e a democracia foi reestabelecida por essa decisão do CNJ”.