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Em sessão solene, Bia de Lima homenageia os 63 anos da UFG
A deputada Bia de Lima (PT) homenageou nesta quarta-feira, 6, em sessão solene realizada no plenário Iris Rezende Machado, os 63 anos de fundação da Universidade Federal de Goiás (UFG), com a entrega do Certificado de Mérito Legislativo a diversas personalidade que integram o corpo estudantil e técnico da instituição.
Na ocasião, Bia de Lima falou da importância da universidade, responsável por garantir o progresso da sociedade goiana. “Queremos aqui fazer o reconhecimento a essa instituição tão respeitada no Brasil e, porque não dizer, no mundo. Sou egressa da UFG e, se hoje estou aqui representando o Estado de Goiás, devo a esta instituição que me deu a base necessária para que eu pudesse liderar a educação. Aqui a universidade tem voz ativa e não fugiremos nunca da tarefa de defender a educação”, declarou a deputada.
Bia pontuou ainda que sua tarefa é sempre romper, sendo resistência e voz da educação. “Espero honrar a educação do Estado de Goiás em todos os níveis. Estamos aqui com o propósito de prestigiar e ressaltar a universidade, além de colocar nosso gabinete sempre aberto para defender essa causa”.
Homenageados
Mais de 200 personalidades, entre alunos, professores e técnicos da UFG receberam o certificado o mérito legislativo.
Além da deputada, compuseram a mesa dos trabalhos: a reitora da UFG, Angelita Pereira Lima; a vereadora por Goiânia Aava Santiago (PSDB); o reitor da Universidade Federal de Jataí, Américo Nunes da Silveira Neto; o pró-reitor de administração e finanças da Universidade Federal de Catalão, Heber Martins de Paula; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Goiás, Fernando César Silva da Mota; o secretário-geral do Diretório Central dos Estudantes, Felipe Thomaz Ribeiro de Andrade; a ex-reitora da Universidade Federal de Jataí, Maria do Rosário Cassimiro; o ex-reitor da UFG Edward Madureira; o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás, Geci José Pereira da Silva; o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-GO), Flávio Alves da Silva; e o presidente da Associação de Egressos e Egressas da UFG, Eliomar Pires Martins.
Atual reitora da UFG, a professora Angelita Pereira de Lima afirmou que a homenagem foi um presente. “Me sinto honrada por estar aqui. Desde o seu nascimento, por um sonho coletivo e principalmente do professor Colemar Natal e Silva, o estado de Goiás tem uma universidade que está entre as 1000 melhores do mundo, isso representa 5% das universidades do planeta Terra. E a UFG não se nega a cumprir o seu papel de liderança em diversas áreas”, afirmou ela.
Américo Nunes da Silveira Neto, reitor da Universidade Federal de Jataí destacou que a UFJ é um bom fruto da UFG. “Hoje é dia de enaltecer a UFG e para tanto, uma boa maneira de fazer isso é falar da UFJ que hoje tem 25 cursos, tornando-se um orgulho para todos nós. Para isso muita gente sonhou grande”, afirmou.
Já a ex-reitora da UFG, Maria do Rosário Cassimiro, primeira mulher à frente da gestão de uma universidade federal, ressaltou a história de fundação da UFG. “Ninguém entra pronto numa instituição. As pessoas dependem uma das outras e ninguém estaria aqui se não fosse pelo professor Colemar Natal e Silva, que travou uma batalha para fundar a UFG. Eu lembro que Jânio Quadros estava para tomar posse e ele já havia declarado que não fundaria uma federal aqui, pois, segundo ele, Goiás não estava preparado. O professor Colemar foi lá e fez reuniões e fundou a UFG antes do Jânio tomar posse. Então, professora Angelita, os discentes precisam relembrar desses fatos”, declarou.
A ex-reitora também contou dos seus esforços para a criação dos câmpus de Jataí e Catalão e da instituição de diversas faculdades dentro da UFG. Entretanto, ela também relembrou que alguns desafetos conseguiram impedir, em determinado momento, o crescimento da universidade. Mas reiterou que o apoio recebido, sobretudo por políticos, foi maior. “Foi uma peleja, e essa é uma verdade que eu preciso contar a vocês. Por exemplo, eu administrei durante o governo militar e fui muito bem-sucedida. Eles encaminharam verbas, o que possibilitou, por exemplo, a criação do campus samambaia. Então, quero ressaltar aos jovens que se lembrem do passado. Pois sempre existe uma história, um começo”.
O presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal de Goiás, Geci José da Silva, falou em nome dos docentes, discente e técnicos da instituição, pontuou que é fundamental a presença de representantes da educação na Casa de leis e destacou seu anseio em ver cada vez mais os espaços de poder representados por pessoas da educação.
“As pessoas fazem diferença na UFG. Foram as pessoas que, durante a ditadura militar, conseguiram assegurar a sobrevivência da UFG. Na greve de 90, ajudou a consolidar a carreira dos professores e dos técnicos. Fomos nós que aceitamos o desafio de, mesmo em tempos duros, expandir a universidade pelo Estado. Foram vocês que fizeram com que a UFG chegasse até aqui. Passamos vários momentos de dificuldade, mas, através do compromisso pessoal de cada um de vocês com a UFG, nós sobrevivemos. Agora é hora de colocar a UFG nos trilhos e vamos evidenciar que a UFG é ensino completo, do infantil ao superior”, afirmou.
Por fim, falando em nome dos egressos da UFG, o presidente da associação de egressos, Eliomar Pires, fez um breve pronunciamento, lembrando os momentos de pandemia e de perseguição à universidade, que teve seus recursos cancelados, vivendo um período de desconstrução, no qual vários alunos perderam seus cursos. Hoje o desafio é outro, agora precisamos reconstruir essa instituição".
Prestigiando a sessão, a vereadora por Goiânia, Aava Santiago afirmou que o dia era histórico. “Depois deste espaço ter sido palco de tantos ataques de gênero e tentativas de insultos, você Bia, foi atravessada por tudo isso e responde da maneira mais brilhante e gloriosa. Eles tentaram encher esse plenário de ódio e você encheu de ciência”, enfatizou.