O deputado Mauro Rubem (PT) esteve no Ministério Público do Trabalho em Goiás, (MPT), nesta sexta, 26, em audiência com o procurador-chefe,  Alpiniano Prado, para solicitar providências urgentes quanto ao descumprimento de deveres trabalhistas por parte do Instituto Gênesis com seus ex-trabalhadores demitidos.

O instituto é uma organização social (O.S.) que foi contratada pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás e que fazia gestão de unidades de saúde nos municípios de São Luís dos Montes Belos, Jaraguá e Itumbiara, tendo sido suspensa das atividades no final do ano passado pelo descumprimento de cláusulas contratuais.

O deputado Mauro Rubem esteve acompanhado pela presidente do Sindsaúde Goiás, enfermeira Neia Vieira, pelo assessor parlamentar Éber Dias e pelo representante dos ex-trabalhadores da Gênesis, Rubens Sendon, na audiência no MPT.

Sendon afirmou que há dezenas de casos de pessoas que estão há meses sem receber os direitos e se encontram em risco de segurança alimentar, sem condições de arcar com as despesas básicas.  “Tem trabalhador que não tem o que comer em casa, é muito triste o que está acontecendo e precisamos que o Ministério Público do Trabalho nos ajude. São pessoas honestas que estão em carência de tudo dentro de casa”.

O deputado Mauro Rubem destaca seu posicionamento sobre o caso. “Sempre afirmei que organização social é um atraso, um sumidouro de dinheiro público, que não presta um atendimento adequado à população e serve para precarizar o trabalho. E o que estamos vendo agora? Exatamente o que eu afirmei, e não é um caso isolado”.

Para o deputado, a atuação do MPT agora é fundamental. “Fomos muito bem recebidos pelo procurador Alpiniano, que ouviu atentamente os relatos e afirmou que irá solicitar atenção a esse caso”.

A presidente do Sindsaúde Goiás, Neia Vieira, relatou que o modelo implementado em Goiás para gestão da saúde por meio de organizações sociais é caro, inadequado e ineficaz. “Mais uma vez o Sindsaúde Goiás está em defesa de trabalhadores lesados por uma organização social e a população desses municípios fica prejudicada”.

Mauro Rubem afirmou que é necessário que o Governo chame os aprovados nos concursos públicos realizados, faça mais concursos para suprir as necessidades de atendimento à população. “Tem que fazer concurso e colocar a gestão sob a responsabilidade dos servidores e não na mão de terceiros atravessadores que só visam o lucro”, afirmou.