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Virmondes Cruvinel promove mobilização a favor da UPA da Chácara do Governador
O deputado Virmondes Cruvinel (União Brasil) promoveu mobilização na Associação de Moradores da Chácara do Governador, em busca de melhorias para UPA da Chácara do Governador, região Leste da Capital. A reunião ocorreu na noite de terça-feira, 5 de março.
Virmondes explicou que “chegou a informação de que a Prefeitura de Goiânia pretende trazer para cá a extensão do atendimento da Maternidade Dona Iris”, disse.
O deputado informou ainda que, “o que causa preocupação é que pode tirar esse atendimento ambulatorial da comunidade e a comunidade não quer isso. Por isso, nós convidamos a Defensoria Pública para buscar as informações corretas, buscar esclarecimentos da Prefeitura, e, se não for dada, a gente buscar as vias judiciais para que o atendimento permaneça”.
Virmondes pontuou que as providências a serem tomadas são o agendamento de reunião com o secretário de Saúde de Goiânia e que, caso não haja solução, serão buscadas vias judiciais, pois apesar de ter sido convidado para participar da reunião, o Paço Municipal não enviou representante.
A presidente da Associação dos Moradores da Chácara do Governador, Lúcia Barbosa, explicou ter tomado a iniciativa de buscar apoio junto ao deputado após ter conhecimento das possíveis mudanças na UPA, para torná-la uma extensão da Maternidade Dona Iris, para aquela unidade de saúde, por meio do Instagram.
“Tivemos que tomar medidas para expor o problema, antes que seja tarde. Tem que ser agora, antes de esperar. Os usuários não podem deixar acontecer”, conclamou.
Lúcia ressaltou ainda que o objetivo da mobilização é lutar pelas melhorias para a UPA, na qual faltam insumos, lençóis, e até papel higiênico e copos descartáveis. “Merecemos mais!”, assinalou. A presidente da associação afirmou ainda que “o prefeito está tomando decisões, sem falar com a comunidade”, concluiu.
O defensor público e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE), Tairo Batista Esperança, participou da reunião e explicou que, no primeiro momento, foi escutar os presentes para entender quais são os problemas que estão acontecendo na UPA da Chácara do Governador.
“A gente já sabe de alguns problemas existentes, como demora no atendimento, falta de insumos, precarização das relações de trabalho. Mas, para além disso, a gente quer especificar o máximo possível para fazer um procedimento, pedir explicações e, a partir daí, decidir quais são as medidas jurídicas cabíveis para compelir o poder público a garantir o direito das pessoas à saúde”, enunciou.
A atual presidente do Conselho Local de Saúde da UPA da Chácara do Governador e técnica em enfermagem Rosa Maria da Silva, salientou a necessidade da mobilização a favor da comunidade local, usuária da unidade de saúde.
“Como usuários, estamos na luta para que não feche o nosso ambulatório, porque ele é de grande importância para a população. Atende o pessoal da vizinhança, inclusive vem gente até do interior para tratar. Aqui na nossa UPA nós somos a segunda maior referência em tratamento de hanseníase e de tuberculose”, assinalou a presidente do Conselho de Saúde Local.
“Se fechar o ambulatório e vir o ambulatório da maternidade para cá, o que vai ser dos nossos idosos, o que vai ser das mãezinhas com as crianças que precisam de vacinar, de fazer um curativo. Temos os atendimentos de especialidades”, questionou.
Rosa Maria completou que “eles [ao se referir à Prefeitura de Goiânia] deveriam olhar para outro lado, entender a dificuldade do usuário que não tem condição de ir longe, atrás de recursos, já temos o recurso aqui”, afirmou.
Por fim, Rosa Maria ressaltou a importância da presença do deputado para ouvir as demandas da comunidade. “Estamos respirando aliviados, com muita esperança, porque ele tem uma força muito grande. A gente sabe que ele vai poder nos ajudar. Já estamos contando com a vitória”.
Elísio Alfenas, conselheiro tutelar da região Leste, reafirmou a importância da UPA para a comunidade da região Leste de Goiânia, e bairros como: Chácara do Governador, Conjunto Fabiana, Jardim Mariliza, Parque Santa Cruz, além de outros. “É a única que atende às nossas demandas”, disse.
Alfenas pede providências porque “o que a gente está vendo é que a Prefeitura está deixando essa UPA sucateada, com falta de etrutura de trabalho para os médicos, que são excelentes profissionais. Muitas vezes a gente não é atendido, quando uma mãe precisa, para sua criança ou adolescente, de transferência para UTI, com demora de dias”.
E ainda complementou ao afirmar que “o que nós queremos é um posicionamento da Prefeitura para que nossa UPA possa estar atendendo, pelo menos, com o básico, a nossa população”.
Já sobre a questão das mudanças do ambulatório, Alfenas disse que “estão querendo tirar para trazer outro que não vai atender, em nada, as necessidades da população. O prefeito tinha que estar aqui para escutar as demandas da população. E, não apenas dentro do gabinete, dando a canetada, sem escutar as pessoas”, cobrou.
Ângela Cristina Ferreira, ouvidora externa da DPE, avaliou a reunião como uma importante ação em defesa do acesso à saúde da população. “Super importante, a escuta da comunidade é o primeiro passo, para identificar as violações de direitos humanos, e, inclusive, tentar as medidas extrajudiciais, levantando documentos e oficializando”, orientou.
Para a ouvidora externa da DPE “é preciso ter respeito com o controle social, com a participação do conselho local de saúde, com as lideranças e fazer esse diálogo”, afirmou.
No entendimento de Ângela, “essa perspectiva autoritária, na formulação das políticas públicas e nas alterações, é algo preocupante. Essa escuta aqui, atenta, que fizemos hoje, é um primeiro passo para o desdobramento que pode ser desencadeado”, ressaltou.
O encontro também contou com a presença de líderes comunitários e de presidentes de associações de moradores: André Vieira Campos, do Parque Santa Cruz; Cirineu Cândido da Silva, do Conjunto Fabiana, e Jerônimo Martins, do Jardim Vitória, entre outras lideranças comunitárias da região.