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Deputada Bia de Lima comanda Plenária Sindical do Sintego
A deputada estadual Bia de Lima (PT) comandou na manhã desse sábado, 27, a Plenária sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) de 2024, entidade da qual ela também exerce a presidência. O encontro ocorreu na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O evento reuniu delegados da categoria de todas as regiões do Estado para discussões pertinentes aos trabalhadores, não só em questões específicas da própria entidade representativa, como também para tratar sobre a conjuntura política, reivindicações e condições de trabalho.
Na ocasião, Bia de Lima falou sobre os avanços dos trabalhadores após o retorno do presidente Lula ao Governo Federal, mas reforçou, na esfera estadual, a destruição da carreira do magistério.
"As coisas têm avançado para os trabalhadores, a renda melhorou, a geração de empregos também, as condições de vida, diversos projetos foram retornados como o Minha Casa, Minha Vida; outros foram lançados, como o Desenrola e o Acredita. Porém, na esfera estadual, estamos vivendo uma contradição. O Governo de Goiás aprovou um programa para incentivar a permanência de estudantes nas escolas, mas, simultaneamente, todos os dias tem fechado escolas. Em alguns lugares, os professores não conseguem nem completar sua carga horária, o que é um problema, porque diante da redução da jornada, também se diminui a possibilidade de aposentadoria desses professores", afirmou ela.
Bia ressaltou ainda o programa Pé-de-Meia, implantado pelo Governo Federal para incentivar a permanência dos estudantes do Ensino Médio nas escolas e criticou a forma como eles estão sendo mantidos nas instituições, sem inovações.
"O programa Pé-de-meia é um instrumento importantíssimo para que os jovens estejam nas escolas, no entanto, aqui em Goiás, a Seduc estimulou que eles ficassem nas escolas de tempo integral, o dia inteiro em sala de aula, sem esporte, sem arte, sem cultura, sem novidades. Sabemos que a juventude não quer isso. Precisamos trabalhar com a orientação desses estudantes, esclarecendo e reforçando o programa de incentivo que foi criado pelo Governo Lula", pontuou.
Carreira destruída
Bia de Lima também criticou a destruição da carreira do magistério em Goiás. Segundo ela, o papel dos trabalhadores da Educação não é fácil e nem pequeno, já que muitos profissionais são iludidos por falsas propostas e expectativas.
"Vende-se a ideia de que Goiás é um estado ótimo. Na segurança dizem que é o mais seguro do País, mas omitem dados. Nós mulheres encaramos notícias de feminicídio todos os dias, então não é seguro para nós. Na educação, muitos caem nas propagandas enganosas e depois cobram as mudanças do sindicato. O que precisamos são políticas públicas verdadeiras, com investimentos e a reconstrução da nossa carreira. Estamos trabalhando por isso", ressaltou ela.
Ações judiciais
Ainda não oportunidade, os advogados do Sintego apresentaram e detalharam diversas ações judiciais propostas pelo sindicato, de forma coletiva ou individual, ganhas ou em andamento, que beneficiarão os trabalhadores da categoria.
Entre elas estão as ações do Ipasgo, das Horas Extras e da cobrança indevida dos 14,25% dos aposentados, entre os anos de 2020 e 2021.
Por fim, a Bia de Lima pontuou que os desafios da categoria são muitos, mas é importante garantir o protagonismo da Educação, para que seja feita a diferença.
Compuseram a mesa de abertura a presidente da Regional Sindical do Sintego de Iporá, Isabel de Fátima Barbosa Menezes; a secretária-geral do Sintego, professora Ludmylla Morais; o presidente da CUT-GO, Flávio Silva; o presidente do SINPRO e da CTB-GO, Railton Souza; o vice-presidente do Sintego, Roberto Borges e a secretária de formação, Meibb Freitas.
Plano de Lutas
O período da tarde foi destinado para discussões das pautas que envolvem os trabalhadores e o ensino público em Goiás. Os delegados ainda aprovaram o orçamento do sindicato para este ano e a prestação de contas de 2023.
Os delegados também aprovaram o documento base que discutiu Gestão Democrática, Formação Continuada, Carreira do Magistério e dos/as Administrativos/as da Educação, Convocação dos/as Concursados/as, Formação de Novos Profissionais para a Educação, e o Desconto de 14,25% dos/as Aposentados/as.
Outro ponto importante aprovado foi o plano de lutas do Sintego para este ano, com cerca de 50 pontos que incluem a resistência aos ataques à democracia para a restituição plena da sociedade democrática de direito, inclusive por meio das mobilizações de rua e nas redes sociais; ser contrários a qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores em educação e da classe trabalhadora; ampliar a participação do Sintego junto a parceiros sociais, mobilizando a sociedade na discussão e formulação de políticas públicas que promovam direitos sociais para a maioria da população; cobrar a reestruturação do Plano de Cargos e Salários dos servidores administrativos da Rede Estadual, promovendo ajustes e melhoras para que ocorra a valorização efetiva, especialmente para quem tem curso superior e tempo de serviço; intensificar a atuação nas redes municipais, visando à universalização das condições de pagamento do Piso, estruturação da carreira e respeito à jornada de trabalho; lutar para garantir licença para aprimoramento de forma integral para estudos em nível de pós-graduação (mestrado e doutorado) na área de atuação ou correlata, sem prejuízo financeiro; lutar para garantir a gestão democrática nas redes municipais e estadual, com eleições diretas para diretor de escolas e dar posse aos eleitos, melhorando a gratificação de diretores; entres outros.