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Demissão de gestantes, atraso de salários e bloqueio de direitos trabalhistas no Hugo foram discutidos em audiência pública coordenada por Mauro Rubem
Com o auditório 2 da Assembleia Legislativa lotado, o deputado Mauro Rubem (PT) coordenou a audiência pública “Nova Crise no Hugo: direitos trabalhistas e garantia de emprego”, nessa sexta-feira, 21.
Ao abrir os debates, Mauro Rubem disse que “estamos aqui para buscar respostas sobre como serão pagos os salários atrasados, os direitos trabalhistas e sobre a garantia de emprego para os que desejarem seguir trabalhando na nova empresa”.
A reunião contou com a presença de trabalhadores terceirizados do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), demitidos pelo Instituto Cem, que foi substituído pela Sociedade Beneficente Albert Einstein na gestão da unidade, e alguns ligados ao Huapa.
A reunião pública contou com a presença do líder do Governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Talles Barreto (UB).
Durante a audiência, houve muitas denúncias e testemunhos de mulheres gestantes que relataram ter sido demitidas ilegalmente. Além disso, quatro trabalhadores informaram não ter recebido nem sequer os salários de maio. A maioria dos trabalhadores denunciaram estar sem dinheiro para honrar compromissos, como aluguel, energia, água e até alimentação.
Direitos trabalhistas
Com FGTS bloqueado e sem data para receber os direitos trabalhistas, os terceirizados presentes à audiência receberam como resposta da representante do Instituto Cem, Tatiane Teixeira, que as planilhas já haviam sido enviadas à SES, mas que não havia acordo sobre os cálculos e, portanto, o Estado estava retendo o pagamento.
Mauro Rubem questionou sobre qual seria o montante para pagar os salários atrasados e as pendências rescisórias e o valor estimado ficou na casa dos R$ 28 milhões de reais com impostos e o valor líquido é de R$ 16 milhões de reais, mas o Cem dispõe de apenas R$ 10 milhões, segundo Tatiane.
O deputado agradeceu aos representantes do CEM e também a presença do líder do Governo. Em seguida, voltou a cobrar ação prática para que as pessoas não ficassem nessa situação de penúria.
O deputado Talles Barreto se comprometeu a buscar o diálogo com a Secretaria de Saúde e com a área econômica do Governo para agilizar as negociações e garantir o pagamento dos atrasados para os profissionais da saúde.
Foi acordado que o Governo vai avaliar as contas enviadas pelo Instituto Cem, assim como os sindicatos de categorias de profissionais de saúde, como SindsaúdeGO, Sindicato dos Nutricionistas, entre outros. Barreto exigiu o acompanhamento do MPT nas negociações.
Representantes de todas as partes envolvidas deverão se reunir com o Governo Estadual e outra audiência pública de avaliação das contas que serão atualizadas deverá acontecer na quarta-feira, 03 de julho.