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Bia de Lima alerta para o adoecimento mental dos trabalhadores da educação em Goiás
Dados divulgados pelo jornal Opção nessa quinta-feira, 5, obtidos por meio da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), mostram que o adoecimento mental dos servidores da rede estadual de ensino atingiu o maior nível desde 2015.
Conforme a reportagem, apenas em 2023, "foram 2.963 pedidos de afastamento concedidos por questões ligadas a transtornos mentais e comportamentais, e 1.405 servidores afastados, o que indica reincidência nas demandas de licença por questões de saúde mental".
A questão é denunciada pela deputada estadual e presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, há tempos. Ainda em 2023, a parlamentar apresentou um projeto de lei, que estabelece a Política de Proteção e Assistência à Saúde Mental desses trabalhadores.
De acordo com a proposta, o Poder Executivo deveria promover campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental dos profissionais da educação e estimular a busca por ajuda psicológica e psiquiátrica, com a disponibilização de atendimento especializado e gratuito. Contudo, a proposta foi vetada pelo governador Ronaldo Caiado.
Àquela época, Bia já alertava: “É fundamental a criação de medidas de proteção e assistência à saúde mental desses profissionais, para que possam realizar suas atividades de forma saudável e segura”.
Segundo a deputada, professores e administrativos da educação estão expostos a diversos fatores de risco que podem prejudicar a saúde mental, como o excesso de trabalho, o estresse, a pressão por resultados, a violência nas escolas, dentre outros, como a falta de valorização e remuneração inadequada.
Por isso, de forma reiterada, Bia de Lima vem expressando sua insatisfação e cobrando a aprovação de um novo plano de carreira para o magistério de Goiás, que foi prometido pelo Governo de Goiás, com pontos para a estruturação de carreiras e melhora de remuneração dos trabalhadores, porém, até o momento não foi cumprido.
"O Governo de Goiás diz que vem fazendo muito pela educação. Eu reitero que vem fazendo na parte estrutural, mas na parte de recursos humanos, no sentido de respeitar os profissionais da educação, sejam eles da ativa ou aposentados. Infelizmente a situação não é essa", afirmou.
A deputada critica a demora na implementação de um novo plano de carreira, prometido há anos, que ainda não foi enviado para apreciação na Assembleia Legislativa. "Foi prometido que nós teríamos um novo plano de carreira. Esse plano já era para ter sido aprovado aqui na Alego, mas até agora sequer foi encaminhado pelo Governo", lamentou.